29.2.08
Lauro António em Sarajevo
{...ligar a realidade dos factos à poesia- é o registo duma aula de literatura retirada do filme "Manhã Submersa", do cineasta Lauro António. é também assim que portugal está representado no Festival de Inverno de Sarajevo, durante dois dias. os seus filmes, o projecto CineEco e o documentário recentemente realizado no Alentejo para a exposição "Tiqqun". o universo pictórico captado através da objectiva da sua máquina de filmar. um convite à aproximidade da exaltação das cores e das formas... ao exercício dos pincéis- à pintura. o alentejo novamente e a "mística" cidade das tintas. da imagem em movimento ao fado... uma jornada portuguesa... é exactamente o que nos propõe Lauro António, e Frederico Corado em Sarajevo. talvez por isso e muito mais... desejo-lhes, os maiores sucessos!...}
http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/
27.2.08
[...A Geometria das Emoções...]
{... é no universo do mundo sem palavras que outro mistério acontece. há poesia viva em realidades assim. dar cor. apagar. riscar de novo outro traço. descobrir o fim. recomeçar. a voluntária entrega ao silêncio para captar novas realidades. observar o vazio e o cheio, a luz e a sombra. dor suspensa ou adiada... sentir. escutar. dar cor. sempre a cor... sem tempo. à procura que algo aconteça longe dos factos. o traço seguido de outro traço. novos registos esboçados pelo lápis. o contraste e a incontornável divergência das cores. a forma. a ausência das formas e o todo. suprimir o lógico. novamente a cor. sempre a cor. na continuidade do tempo surge a tela. novamente outra superfície branca. sempre assim, dia e noite, na incansável procura da geometria das emoções.}
23.2.08
[...não. não sou poeta...]
21.2.08
[...I'm So-So...]
{...se fosse fácil controlar o destino, a vida seria sempre repensada doutro modo. sem o acaso das coisas que a vida tem, tudo seria monótono e o destino deixaria de fazer sentido. se calhar, nem o destino existe, nem tão pouco o acaso sempre acontece. talvez o destino seja como um pêndulo em eterno movimento que de tempos a tempos, nos projecta para uma outra dimensão. há ainda quem fique sentado no vazio dos dias e deixe a vida passar... como será viver sentado no acaso das coisas? há também quem viva assim. por sorte ou por azar, nada na vida é linear... se fosse fácil retirar à dor todas as suas lágrimas, os sentimentos seriam desnecessários. é o que mais me fascina em Krzysztof Kieslowski. das lágrimas ausentes ás cores que inundam a grande tela, e das teias do destino ao silêncio da dor - a vida é um imparável caminho cheio de mistérios. se pudemos retirar à dor todas as suas lágrimas... não sei. mas é certamente para alguns o seu destino. afinal... tudo é possível enquanto a vida acontece.}
18.2.08
[...Pakistan - la musique des Qawal...]
{...não sei porque há ainda tantos jardins na terra, de flores roubadas, privadas, pisadas e ausentes de cor?... a Paz pode ser cantada, escrita, desenhada, dançada ou escutada para que o encontro com o divino aconteça! há também momentos de meditação assim... e como é grande essa viagem! Sem poemas cantados o Universo seria mais pobre. talvez, porque tudo aquilo que nos completa é exactamente, no seu todo, o modo como se canta a vida. em silêncio ou em plena exaltação mistica... a viagem também assim se faz... ao encontro da Luz Divina!}
13.2.08
Al otro lado del rio
{... não há rio de águas paradas nem barcos sem remos. já não há margens desembarcadas nem piratas ao leme. já todo o mar foi povoado e as estrelas ainda mergulham nele. só quando a madeira da barca se quebra... é que o rio vira deserto. já nem barcas, nem rio, nem águas fervem neste mundo desbotado de azul. pode haver céu sem árvores, mas terra sem passáros - não! rio abaixo, rio acima... há ainda tantas margens e tantas ondas no mar para atravessar.}
11.2.08
[... Hora Tardia...]
{... de mapa na mão procuro um abrigo atrás dos montes. sabes, aqui nesta planície o céu tem sempre estrelas, e das poucas casas que nela existem, de todas elas, se avista o horizonte. ontem, a caminho de lisboa o céu foi perdendo a sua amplitude... aqui nesta colina ao pé da estrela, só a basilica deste bairro está mais perto dele. sabes, ando à procura de novas catedrais em hora tardia! de mapa na mão encontrei uma nova aldeia... é sempre bom chegar a novos lugares! atrás dos montes... há catedrais imaginadas e missas por rezar. há invernos rigorosos e segredos por desvendar. há em todas as aldeias, vidas vividas sempre no mesmo lugar. de mapa na mão... em hora tardia... abri este piano à procura de novas catedrais. sabes, há aldeias que também se ouvem, muito antes de alguém as habitar.}
6.2.08
[...juan ramón jiménez...]
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