17.11.08

[... lapis exilados... ]

{... depois do exílio que nos leva a mágicos lugares. sentam-se os lápis. a matéria adormece. a gritaria das cores finda. ficamos mudos. parados no tempo. nós e as cores. sempre à espera de novos calendários. cruzam-se luas, invernos, primaveras... por vezes, o sol é tórrido e as nuvens são serradas. tudo é branco, azul, ocre. tudo é... e voltará a ser: deserto. as tintas, as cores, o mundo. sem tudo isto - regradamente e igual - não existiríamos. completam-se os indetermináveis ciclos. até que a cor se acabe. tal como a vida: a matéria recata-se por fim no esquecimento dos dias. despedimo-nos e partimos novamente em retiro. sempre. nós e as cores. }

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