27.11.07

[...Não Há Sombras Sem Luz...]

{...nunca deixes de olhar o céu porque lá não há sombras... sem que a Luz ilumine o novo tempo. não há Céu sem tempo... há mais Céu que todo ele observado por cada um de nós. nem sei exactamente quantos anos tem o Céu. o que importa mesmo é mergulhar naquela vastidão. o que estará para lá de tudo isto? não sei. se eu pudesse viver no Céu jamais tombaria neste manto de guerra que é o Mundo. e se o Mundo é tudo isto, o que será em outros Mundos - o próprio Mundo-, para além de todo este Céu?!... hoje sonhei com um novo tempo num outro Mundo. tudo era escuro e povoado por outros seres. há tantos outros cantos no Universo como quantos devem ser os personagens nesta imensidão povoada. os sonhos também são assim. por vezes são ausentes, escuros, frios, coloridos, cheios de força ou tristeza, repletos de alegria ou de dor que a memória transpira sempre que assim acontece. tombar em nós próprios, é mais do que iluminar todas as sombras que embalam a noite. é pois, iniciar essa imensa viagem para o novo lugar. e porque não há Céu sem tempo... algures no Universo... há decerto muito mais Céu noutro tempo a ser observado. claro ou escuro, povoado ou desabitado... que seja todo ele... repleto de estrelas em todas as suas milhas e milhas de Céu.}
http://www.astronomy2009.org/

14.11.07

[... Povoado Universo...]

http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF266200-01-03-02.mp3
{... há em todo o vazio que povoa o Universo, a constante procura, para se encontrar em vida - a explicação do fim. há em todo o Universo muito mais do que todo este vazio povoado. há até ainda, quem nem o possa povoar em todo o seu próprio tempo. na vasta escuridão do Universo, toda a matéria organica reflecte energia. dessa Luz, e das suas matérias mais diversas... há sobreposições de cores saturadas ou ausentes em todas as formas que completam o objecto reflectido no espaço. nem sei se há espaço neste tempo para povoar o actual Universo. neste espaço inteirado no tempo, tudo é há muito diferenciadamente povoado. já não há alçados no património em todo este vazio, onde se possa colocar a sinalectica da vida. será que já não há vida para acontecer nesta constante procura?!... se o fim devolve ao vazio um novo inicio... então, todo este Universo é diversamente povoado nos seus mais diferentes ciclos de Luz.}

8.11.07

[um dia o céu chorou!]

http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF266200-01-03-03.mp3
{...não há nada melhor do que estar agasalhado em telhados de água. rios de sorrisos caem do céu. são gargalhadas de poesia. não há céu sem versos, nem telhas vazias de gente. Um dia, vi nesta estrada um cigano. filho declamante dum povo errante. chorava. há tantas mais estradas a caminhar... do que lágrimas a chorar. há quem leia palavras sábias na mão dum cigano. sabes?... hoje, vi uma estrela a cair no céu! não vi cigano por perto, nem nenhum gato, em telhados neste vasto casario de lisboa. deste telhado, aqui donde estou, vejo o tejo e a basílica da estrela. estão tão perto deste terraço, como o céu quando se aninha na grande planicie do alentejo. hoje, vi uma estrela desaparecida no alto dos céus. hoje, não vi lágrimas no rosto desta gente que circula, em rua nenhuma da mesma cidade. hoje, apenas hoje, todos os telhados de água sorriem em gargalhadas de azul. é tempo de chuva ou tempo de coisa nenhuma. já não há lágrimas cantadas na voz daquele cigano. mas, há tantas cores agasalhadas no teu e meu sorriso que só nós os dois as sabemos cantar. hoje, no telhado azul do céu... contei quantas estradas o mundo tem. todas as estrelas?... sim! todas as lágrimas que um verso tem. sabes... só se pisa uma lágrima de cada vez!...}

4.11.07

Tiqqun in lisbon

{... na natureza da humanidade há cores cheias de emoção. sorrir perante as cores tranquilas que nos unem num determinado momento, é o que mais nos eleva e diferencia dos outros povos... saber descobrir essas diferenças é acertar ponteiros com o futuro. se ontem havia medo em partilhar paredes de emoção e cor... hoje, partilhamos paredes meias de cores cheias por revelar. o que há de mais fascinante, na grande sala do pensamento... é a forma como a elevação das diferenças se unem no grande espectro das cores que compõem a viva história dos povos. há ainda quem se esqueça que é também no presente, que se constroi o futuro... exactamente porque não há futuro sem passado. é com toda essa emoção de cor que nos orgulhamos de registar momentos assim. na grande sala do pensamento todas as cores se unem tranquilamente em torno de tudo aquilo que realmente nos diferencia. Tiqqun, conceito do que quer dizer, entre outras coisas, "Restauração" ou "Reparação" do Mundo - desenvolvido por o Rabi Issac Luria, no Sec.XVI -, é a exposição que está patente nos Paços do Concelho em Lisboa.}

3.11.07

[...há no tempo instantes assim...]

http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF285583-01-01-05.mp3
{... há no tempo instantes assim. repousar no registo no tempo é desfragmentar todos os sentimentos que nos povoam. ficar sentado no vazio do tempo é ampliar o relógio da vida... não pensar é isso mesmo! é entregar o nosso tempo ao vazio dos dias. há quem o faça por teimosia ou por inércia. há mesmo quem pense que nunca teve momentos assim. deixar de pensar, e parar todos os instantes que completam o ciclo do nosso tempo, é habitar em outro lugar. o mundo está repleto de territórios ainda despovoados. sempre que alguém se entrega a instantes assim... uma nova aldeia nasce na grande terra do pensamento. é talvez por isso que em cada um de nós... muitos territórios estão ainda por conquistar. se assim não fosse... o mundo se esgotaria de imediato e tudo não passaria de uma ilusão. sentarmo-nos então em nós próprios... é ter tempo para conquistar novos territórios no grande e infindável Mundo que reside no pensamento de cada um.}