31.12.09

“2010: The Year We Make Contact”

{... hoje, recebi esta mensagem na caixa de correio. li. agradeci. voltei mais tarde e vi que o autor a tinha editado... sorri! bom ano e... é exactamente por isso mesmo que aqui vai: "Cá estamos, com 2010 à porta. Faltam algumas horas. O que se deseja é que ele seja realmente o “ano do contacto” entre os povos da Terra, um contacto solitário e fraterno, de mútuo respeito. Um contacto amigo e digno. Feito de amizade e de amor. Feito sobretudo de Humanidade. É o que desejo para mim, para os meus familiares, para os amigos de longa ou curta data, para todos “os homens e mulheres de boa vontade”. Aqui ficam, portanto, com uma imagem de cinema, os melhores votos de Boas Entradas em 2010 e que este seja o melhor ano das nossas vidas e o primeiro de um longo futuro repleto de bons sonhos concretizados. Nota singular: Stanley Kubrick, realizador de “2001”, faleceu em Março de 1999, dois anos antes da data referida no seu filme. Arthur C. Clarke, escritor de “2001” e “2010”, morreu em Março de 2008, dois anos antes da data mencionada no seu segundo romance desta saga. Nenhum deles chegou, portanto, a ver o ano das suas previsões. Apenas uma curiosidade".

2010 - Peter Hyams - The Birth Scene

28.12.09

[...Luminares no Firmamento...]

{... do imenso vazio que dobra o tempo: o ponto. luz. esfera. verde. fogo. corpo. voo de glória que à nascente do sol, riscou os céus em aparente segredo. iluminado de vida... percorrendo o firmamento num sábio trajecto. veloz. sem medo. visível. desbravando a nova descoberta como uma criança. encantada. cheia de si. indicando um novo tempo. secreto. invisível. imaginário... saído do exercito das estrelas. esfera. luz. corpo. o ponto... que submerso no imenso vazio, dobrou o infinito e a luz do circulo interno. repentinamente... mantendo luxuriantes todas as cores que exprimem: o princípio dos nossos dias!... }

[ Ryuichi Sakamoto-Energy Flow ]

10.12.09

[... "Não Se Brinca Com Facas": É o novo Livro/Romance de José António Barreiros!... ]

{... "não se brinca com facas"... é o título do novo livro de josé antónio barreiros. o lançamento do livro, que contará com a apresentação proferida pelo o poeta antónio osório, irá ter lugar na próxima terça-feira, dia 15 de dezembro, no espaço chiado, em lisboa. editado pela labirinto de letras editora, josé antónio barreiros, fecha o ano de 2009, com a publicação de mais um livro... que marca a estreia do autor no género do romance. o livro estará disponível dentro de dias no Pátio de Letras e contará com a apresentação do autor, em 2010. ver mais informação aqui. parabéns josé antónio barreiros!... }

[ Smile - Charlie Chaplin ]

5.12.09

Diana Porfirio: Design RDV- Bruxelles

{... o que importa é criar... não o território onde se instala o atelier. é exactamente desse lugar, que partímos sempre para uma outra cidade qualquer. é o que faz a designer textil portuguesa, diana porfirio, na exposição design rdv-09, e que irá acontecer este mês, no white hotel, em Bruxelas. parabéns diana!... "Prochainement aura lieu l’exposition Design.RDV, les 11-12-13 décembre 2009. À cette occasion, je vous invite à venir découvrir ma nouvelle collection de linge de maison au White Hotel, Chambre, 74. Au delà de l’esthétique ou de la fonction de ses qualités, la collection a la particularité de valoriser le ‘savoir faire artisanal’ européen. Elle procure ainsi une dimension non seulement de bien-être individuel mais elle répond aussi à une éthique socioculturelle et environnementale." }
diana porfirio - design textile- Rue du Chimiste 34-36BE-1070 Bruxellesm: +32 (0) 477 734 849: dp@dianaporfirio.com

[ Nouvelle Vague ]

3.12.09

Polibio Diaz: NEW YORK – SANTO DOMINGO~Nacogallery 10 Dezembro

{... Artiste contemporain, originaire de la République dominicaine. Il commence ses études de photographie à l’Université de Texas A&M, États-Unis, où il poursuivait des études d’ingénierie. Après une carrière d’ingénieur civil, à partir de 2003 il décide de se consacrer à la photographie et à l’art. Il donne des cours de photographie à des enfants dans les quartiers les plus pauvres du pays et de photographie créatrice au sein du Musée d’Art Moderne de Santo Domingo (MAM). Des critiques sur lui ont apparu dans Le Nouvel Observateur, L’Humanité et Afriscope. Il a collaboré avec les écrivains Julia Álvarez, Manuel Rueda, Alexander Hemon,Chiqui Vicioso,Jeannette Miller et Junot Díaz (Pulitzer 2008). Ses photographies ont été exposées avec celles de Eadweard Muybridge, Henri Cartier-Bresson, Edward Weston, Ansel Adams, Man Ray, Robert Marplethorpe, Cindy Sherman et Andrés Serrano, entre autres. Il est aussi Ambassadeur, Conseiller culturel du Ministre des Affaires étrangères de la République Dominicaine. }

Polibio Diaz

21.11.09

[... Alquimia Del Ser: Encerramento... ]

{... Hoje, às 12 Horas, em Espanha, foi servido um Porto de Honra para celebrar o encerramento da exposição “Alquimia del Ser”, que esteve patente desde o dia 21 Outubro, no Museu de Cáceres, comissariada por Guida Maria Loureiro. A exposição reúne obras dos artistas Portugueses Avelino Sá, José Emílio Barbosa, Luís Ribeiro, Mauro Cerqueira, Luís Afonso e Maria Sobral Mendonça, entre outros. O encerramento contou com a apresentação do grupo musical juvenil da SAMP (Sociedade Artística Musical dos Pousos), constituído por Ana Rita Oliveira Vieira (Saxofone), Mariana da Silva Costa Moreira (Flauta transversal), Sara Isabel Correia Rodrigues (Clarinete), André Miguel Lopes Roque (Oboé) e João Carlos Peralta Moreira (Fagote), com o seguinte programa: O Lago dos Cisnes (Tchaikovsky), Scheherezade (Rinsky Korsakov), American Patrol (Glenn Myller), Habbeleazer (Anónimo). O programa de encerramento que juntou artistas de várias nacionalidades, no Museu de Cáceres, na Plaza de las Veletas, em Espanha, contou com a chancela do Instituto Camões. }

[ Monasterio de Sal: Paco de Lucia ]

5.11.09

[ ... Estoril Film Festival: O Ritmo das Emoções em 80 Filmes e Muito Mais!...]

{... num único espaço repleto de mil cores em movimento... aguardamos o ritmo das emoções. o sentido da vida. eis-nos... dentro e fora do grande ecran. confortavelmente sentados, mergulhamos no universo desconhecido dos outros e de nós mesmos. 80 filmes, protagonistas, amigos, desconhecidos, cujas referências estéticas e novas tendências convidam-nos a participar nesta grande viagem intemporal: o cinema. é assim que entramos curiosos na terceira edição do Estoril Film Festival - uma referência incontornável no panorama dos festivais internacionais do Cinema. "É a verdadeira Sétima Arte, em confronto com o seu passado, o seu presente e futuro e a sua relação permanente com as outras formas de expressão artística. Este ponto de encontro entre o público, realizadores, conceituadas personalidades do mundo das artes e um palco permanente de discussão, reflexão e debate, acontece de 5 a 14 de Novembro, no Estoril em Portugal". O Passe para o Festival custa 20 € e está à venda nas lojas Fnac Chiado, Colombo e Cascais. A programação contempla: A Selecção Oficial - Em Competição; Selecção Oficial - Fora de Competição; Homenagem David Cronenberg; Homenagem Juliette Binoche; Retrospectiva David Fincher; Cineastas Raros; CinemArt; O Cinema e a sua História; Encontro de Escolas de Cinema; Realização de Palestras; Exposições e Debates. }

www.estoril-filmfestival.com

[ Estoril Film Festival 09 ]

27.10.09

[... Buscando el Sentido de la Vida ...]

{... "Como es conocido, la alquimia es una pléyade de disciplinas que nos transportan a la indagación, a, la búsqueda de la panacea universal, y que nos lleva a la plenitud, a conseguir el verdadero Elixir de la Vida. ¿Quién no busca la plenitud?. ¿No es ése el objetivo de cualquier Ser inteligente, la meta de todo proyecto de superación?. Pues estos artistas, rompiendo esquemas de creencias y hasta de conveniencias tratan de indagar la mística de esa conquista, que es impulso y es crecimiento, para embarcarnos en una reflexión que sin duda nos llevará a encontrarnos a nosotros mismos." El recurrente del arte no tiene frontera, y en la colectiva "Alquimia del ser", las 21 obras de arte presentadas nos inducen a un viaje reflexivo, fuera de nuestro ámbito cotidiano invadido por la materialidad. Y es en ese trayecto cuando se escucha la Voz de los antiguos alquimistas que tratan de orientar los pasos hacia un reencuentro con el Yo Superior de cada cual, en el sentido de preconizar el Sentido de la Vida. Son obras, presentadas en el Museo de Cáceres, realizadas en varias disciplinas, especialmente técnicas mixtas, acrílico sobre tela, tinta china sobre pastel, carbón sobre papel, fotografía digital y escultura, realizaciones de Avelino Sá, José Emilio Barbosa, Luis Ribeiro, Mauro Cerqueira, André Welch, Hans-Dieter Zingraff, Luis Alfonso y Maria Sobral Mendonça. by información en Punto...}

[ Waves - Nouvelle Vague ]

23.10.09

[ Ágora 2009: El Debate Peninsular y Los Alquimistas Del Ser - Cáceres, Espanha 09]

{... Está a decorrer em Cáceres, durante esta semana (19 a 25 de Outubro), o evento “Ágora, o debate peninsular” organizado pelo Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças da Junta da Extremadura, contando com a presença de diversas personalidades de ambos os Países, que contemplam o paínel de actividades do programa Ágora 2009. As actividades previstas organizam-se em quatro secções: “Ágora Academia”, “Ágora Palestra”, “Ágora Cena” e “Ágora Crónica”. Do conjunto de actividades culturais, artísticas, recreativas ou de lazer que se celebram paralelamente aos cursos em espaços públicos da cidade (representações dramáticas, exposições, actuações musicais, etc.), está patente no Museu Nacional de Cáceres, uma mostra colectiva que integra dois quadros da exposição "Tiqqun - A Libertação do Pecado" de Maria Sobral Mendonça, conjuntamente com o trabalho de outros criadores portugueses, cujas trajectórias ou obras exprimem esse mundo de relações ou transmitem uma visão da outra realidade social e cultural. A exposição que inaugurou dia 21 de Outubro na presença dos artistas, está patente até dia 22 de Novembro no Museu de Cáceres, reunindo obras de Avelino Sá, José Emílio Barbosa, Luis Ribeiro, Mauro Cerqueira, Alves de Guimarães, André Welch, Hans-Dieter Zingraff, Luis Afonso e Maria Sobral Mendonça, que são "Los Alquimistas Del Ser". Programa - Instituto Camões em Cáceres, Centro de Língua Portuguesa, Universidad de Extremadura. Obrigado Cáceres!...}

[ Capital da Cultura & Cáceres 2016 ]

17.10.09

[ Cine'Eco 09: As cores sempre em festa! ]

{... 50 filmes e documentários vindos de 30 países, é a sugestão do programa da xv edição cine’eco - festival de cinema e vídeo de Ambiente que arranca hoje em seia. cine'eco é uma mostra do que de melhor se faz no mundo em cinema de Ambiente. na azáfama das cores... há personagens que em mil lugares deste mundo... são um verdadeiro apelo à vida. universos que entre o ser e o ter, dão movimento à paleta viva do maravilhoso mundo que nos rodeia. a terra, a natureza, o ambiente e o inesperado representados no grande ecran. e porque também nós já lá estivemos... desejamos muitos sucessos ao cineasta lauro antónio. à natureza, às suas cores... sempre em festa!... }

Cine'Eco 2009 ~ Seia

28.9.09

[ Tiqqun em Braga - Casa dos Crivos ]

{... é no crivo da cor que desenhamos novas cidades. casas. céus. pessoas. desconhecidos labirintos de endereços. memórias. rostos. fé... as telas, tal como as cidades, são sempre nossas. sómente, porque já as habitámos... por breves segundos... num outro tempo qualquer. "Casa dos Crivos em Braga expõe: Tiqqun-A Libertação do Pecado ", 9 de Outubro a 28 de Outubro, 09. }

[ Erykah Badu - Orange Moon ]

26.9.09

[... Aquí se rompen fronteras... ]

[ ... é nos quadros que rompemos fronteiras. silêncios. ilusões. segredos. o novo e o velho tempo. arriscamos tudo entre o vazio e o cheio. riscamos traços abstractos. sombras. sonhos. destinos. cores. porque é no universo imaginário que viajamos muito antes de partir... "La exposición colectiva Alquimia del Ser que el Museo de Cáceres acoge es claro testimonio de que el arte no tiene fronteras. Aquí se rompen fronteras geográficas, ideológicas, matéricas, estéticas, para dar lugar a la asunción del todo multidisciplinar. Se presentan 21 trabajos, en varias disciplinas, especialmente técnicas mixtas, acrílico sobre tela, tinta china sobre pastel, carbón sobre papel, fotografía digital y escultura que completan la Colectiva. Avelino Sá, José Emílio Barbosa, Luis Ribeiro, Mauro Cerqueira, en representación de la Galería Gomes Alves de Guimarães y André Welch, Hans-Dieter Zingraff, Luis Afonso y Maria Sobral Mendonça, son los alquimistas." ]

Museo de Cáceres, Plaza de las Veletas, 1, Cáceres.
Horario: De martes a sábados, de 9.00 a 14.30. Domingos de 10.15 a 14.30 horas
Fecha: Del 21 de Octubre al 22 de Noviembre de 2009

[ Hans Dieter Zingraff ]

17.9.09

"the resilience of one womans spirit "



{... da tela para o cinema... o secreto universo das cores. "Based on a true story, SÉRAPHINE centers on Séraphine de Senlis (Moreau), a simple and profoundly devout housekeeper whose brilliantly colorful canvases adorn some of the most famous galleries in the world. German art critic and collector Wilhelm Uhde (The Lives of Others Ulrich Tukur) - the first Picasso buyer and champion of naïve primitive painter Le Douanier Rousseau - discovers her paintings while she is working for him as a maid in the beautiful countryside of Senlis near Paris. A moving and unexpected relationship develops between the avant-garde art dealer and the visionary outsider artist. Martin Provosts fictionalized and poignant portrait of Séraphine is a testament to creativity and the resilience of one womans spirit". }

[ Séraphine ]

12.9.09

[ Ruminagem - Recycling industrial debris into sound sculptures - Moagem ~ Fundão]

[ ... suddenly the pieces are alive (well, it took some time)… and self-suficient with sound, lights and action!!! … and to testify this, we had an interview for the "cova da beira radio", and an unexpected visit of a group of young enthusiastic boys and girls from fundão (grupo zero association). a long night of video and audio editing is expecting us. tired but excited!... quem assim afirma... é o trio: miguel cabral, carlos santos e joão silva que trabalham no projecto "ruminagem". as máquinas e o “entulho” que testemunham o passado da "casa da moagem", da cidade do fundão, um edifício fabril dedicado à moagem de cereais no início do século XX, são utilizados de múltiplas formas pelo trio, dando origem a uma instalação/escultura que é também um “instrumento” musical complexo. à vertente performativa que este proporciona adicionam-se as recolhas áudio e vídeo procedidas no próprio local, integradas ao longo da actuação como memórias virtuais de um tempo que não existe mais. e é exactamente hoje... que junto à serra mais alta de portugal... os sons irão sobrevoar a montanha!... ]

[“Megacone” audio sculpture:Ruminagem]

11.9.09

[ ...Windows Sleep... ]

{... sempre que o céu abre janelas ao sono: somos voo livre. voamos em estrelas pintadas... à procura de novos significados. resgatamos nas palavras... cores. imagens. memórias. universos paralelos. sem escala. tempo. aparentemente... o sono é um passeio de coragem. desconhecido. breve. solitário. }

[ Pat Metheny ]

31.8.09

[ ...The colors of Eternity... ]

{... eterna é a mudança. alternadamente, é sempre entre o vazio e o cheio que tudo se transforma. a casa, o corpo, o pensamento, a terra. e quando surgem memórias dum tempo que já não nos pertence: nada é igual. nem as ruas, as cidades, as serras, as montanhas, os rios, as pessoas. alternadamente e em ritmos diferentes... tudo o que há no universo tem vida. movimento. cor. porque é na tonalidade dessa mudança que despercebidamente, rodopiamos vezes sem conta todas as suas cores. sempre. eternamente... até que a alma se liberte e se dílua noutro tempo. na realidade... só as cores são eternas.}

[ Memo Akten ]

"Body Paint" Installation at "Clicks or Mortar", March 2009 from Memo Akten on Vimeo.

14.8.09

[ ...Volume of the Color... ]

{...o que seria do ponto sem o traço... na extensa volumetria da cor... se num determinado espaço... não houvesse mais vida?!... é que não há espaço sem cor em toda a volumetria do tempo... sem que exactamente e num determinado ponto... cada um de nós não seja mais do que cor, risco, traço, espaço, volumetria. somos... o início e o fim com que o universo se veste e desce à terra. sempre. somos... chegada e partida. densidade e cor viva; que em livre pensamento; faz de todos nós: desenhadores dum novo tempo. }

[ A ESTRADA by Rodrigo Leao ]

6.8.09

[... The Gardens of Childhood...]

{... de regresso aos jardins da nossa infância, revisitamos todas as cores que nos fazem recordar: tempos felizes. sentados no tempo, observamos o antigo relógio de pedra que permanece igual e no mesmo lugar naquele que foi: o jardim da nossa infância. intocável. estático. inalterável. sempre à espreita do tempo; do sol; da lua; das estrelas... sem nunca se atrasar. parar. morrer. motivado pela luz que o tempo reflete vezes sem conta... só ele perdura no jardim que nos viu crescer. se fossemos um relógio de horas pensadas... teríamos plantado outros tempos na alvenaria do que somos. se fossemos sombra calculada no mapa da nossa existência... as memórias ganhariam desconhecidas tonalidades. se não houvessem relógios no tempo... o que seria de nós?!... transformar-nos-íamos em pedra intocável, estática, inalterável... sempre à espreita do sol, da lua, das estrelas. seríamos sómente: luz e sombra. contraste. olhar atento aos movimentos de tudo o que se avista do vasto manto e que cobrirá para sempre: o desconhecido universo. seríamos espeitadores deste tempo e de um outro que paralelamente a outros tempos... projectam-nos no infinito do que somos: num desconhecido relógio. se pudessemos desvendar o tempo... seríamos muito mais do que está para além da sombra, da luz... e de tudo o que aparentemente perdurará no tempo. teimosamente, somos ao mesmo tempo... o antes e o depois... de tudo o que existirá em nós. somos... todas as cores felizes... sempre que nos sentamos num outro tempo... só para pintar de novo: os jardins da nossa infância. }

[ Coldplay - Clocks ]

28.7.09

[...Sand Cold...]

{... adragar é um verbo de perfeição! adragamos... sempre que por prazer mergulhamos em praias lusitanas. nas escarpas destas saudosas rochas que se erguem em terras de sintra... o atlântico traz mil odores e tantas outras cores do minho. é na praia da adraga que saboreamos os ventos do norte. é aqui que pisamos: areias frias! caminhamos. nesta praia, somos sombra e mil imagens de valentia. esperança. somos felizes assim.... sempre que adragamos por prazer em praias vazias das marés de outras gentes. revoltas as memórias, olhamos de longe: o mar. estandarte de desejo. frio. azul. branco. ondulado. calmo. sereno. solitário. sempre!... adragar, é um verbo de perfeição! é nas escarpas lusitanas que abrimos novas praias sempre que no mar português mergulhamos. revisitamos odores, cores, sabores. tempos que em contra tempo... nos pegam pela mão e nos trazem de novo... ao pensamento nosso ser... das revoltas areias que só o mar sabe levar consigo em sono tranquilo. só consigo!... sem revolta. sereno. solitário. adragar, é saber abrir todas as praias desertas. é mergulhar no mar português que se confunde com o céu de quando em vez... sempre que do infinito azul espreitamos: as ondas que ainda se pintam de branco. e sempre que se encendeiam todas as estrelas que há em nós: somos sonho, desejo. ser, é uma extensa praia de areias frias! azul. branca. ondulada. serena. revolta. solitária. memórias de um caminho que entre o mar e o céu... nos sentamos pelo amanhecer... nas escarpas do que fomos e somos para conjugar a sós: o verbo adragar!...}

[ Everything But The Girl ]

16.7.09

[... Black Beatch... ]

{... riscadas as paixões que nos fazem acertar ponteiros com as nossas origens, guardamos todas as memórias no grande ecran do pensamento. arrumadas as cores... tudo é negro. sabe bem esvaziar as tonalidades do saber numa única só cor. sabe bem ficar ausente de tudo... sem pensamento, cores, riscos, traços, imagens, memórias! como é bom parar o tempo em negras praias onde nossos sonhos desembarcam cansados de tanto navegar. saímos de nós... e entregues ao sono: pisamos areias imaginárias. seguimos o vento na bruma marítima que afaga as nossas ilusões... caminhamos descalços. sentados no tempo... descurtinamos o destino; desafiamos o futuro; escutamos as bravas ondas que apagam em negras praias: a nossa presença. somos passageiros em vagas ondas das praias vazias de nós... porque o mar nunca dorme! não há noite no oceano; nem há dia no universo... sempre que riscamos do pensamento; todas as cores que nos fazem acertar ponteiros com as nossas origens. guardamos as memórias por ora e mergulhamos ausentes de tudo. riscamos paixões em areias negras e nas ondas brancas deste mar... até ao despontar dum novo dia. }

[ Maria Callas: Vissi D' Arte ]

15.7.09

[... Art & Toiros... ]

{... descida a montanha que nos trouxe e levou das serras à planície: arte & toiros é mais uma página a cores que preenche a nossa viagem. animados à viva cor... apontamos novas paragens. partimos donde estamos... só para avistar de novo: o mar. orientadas todas as cores a norte, lançamos riscos à sorte e matamos saudades do atlântico. traçados novos ventos: percorremos a encosta dos nossos sonhos. afinal, sempre que sonhamos... todos os lugares se transformam num extenso mar de cores que nos conduzem até ao céu. perder-te... seria o mais cruel de todos os sonhos. perder-te... entre o cansaço das cores e a azáfama dos traços... seria parar de sonhar! fatigada em mil cores... partimos sempre em silêncio. e sempre que de um lado para o outro partimos... olhamos de perto cada quadro. olhamos de frente... o temor da perda. novamente. é nas cores e nos traços que te perdemos. é só e apenas neles que morre... tudo o que neles nunca fica! olhamos o vazio e o mágico lugar que perdura no tempo. olhamos... este quadro e lembramo-nos rápidamente de todos os outros... porque detalhadamente já não é nosso: o tempo! abandonada a alvenaria da perda: partimos! sempre... animados à viva cor de novos quadros. e sempre que partimos donde estamos... todos os lugares se transformam no extenso mar... que só existe entre o céu e a terra... num único e só ponto! secretas memórias incendeiam em nós... horizontes esquecidos. faz vento e o pensamento traz-nos de volta ao grande mar do desenho. ao risco das revoltas àguas onde se recatam suaves fadigas. onde podemos brincar esquecidos dos sonhos, das cores, dos riscos, dos traços... no fresco mergulho que só o mar nos sabe levar. descida a montanha que traçou o destino desde as serras até à planicie: sonhamos acordados. olhamos de longe o lugar... que ficando cada vez mais para trás do nosso horizonte... nos entristece. partimos... animados à viva cor do novo dia; fatigados e cegos de tudo o que sempre nos espera... aqui ou noutro lugar!}

[ Ryuichi Sakamoto ]

6.7.09

[... Dance In The Sun... ]

{... na dança do sol, amanhecemos hoje em terras planas. porque... não há ruas escuras no alentejo! abertos ao céu, sentados na desigualdade dos dias: nascemos. nesta morada sem endereço... só as cores dançam livremente. aberta a luz que rasga os negros céus... damos início à festa que nos trouxe até aqui. é na dança do sol que amanhecemos hoje em terras planas... cheios de luz. nesta morada sem endereço, partem já as cores em festa para outro lugar. porque nunca é tarde nem é cedo na aldeia do nosso acordar... que o sol não se ponha sempre a jeito para nos abraçar. abertos ao céu... riscamos já nas telas do pensamento: as partidas e as chegadas das novas cores. lançado o esboço à estrada, percorremos novos caminhos com o destino de riscar sempre algo de novo. sempre... e logo que assim partimos à descoberta nas suas e mais abstractas: aldeias de portugal. sentados na desigualdade dos dias... nascemos sempre aqui ou noutro lugar... quando o sol nos pega pela mão e nos convida a dançar. }

[ 7 SÓIS ORKESTRA ]

5.7.09

[...La Philosophie Touche la Littérature...]

{... em tudo isto, tem que haver mais do que isto tudo. porque no seu todo... somos ainda e só... conhecimento vivo do que aparentemente existirá... para além de tudo isto!... foi pensando nisto que leio em luís lima: [isto]... "para viver um ser vivo tem de estar vivo e querer estar vivo, além de querer estar vivo, um ser vivo tem, para ser vivo, de viver independentemente de querer ou não viver uma dada vida. só assim, querendo, mesmo sem querer e independentemente de querer ou não querer viver, dado ser vivo, para estar vivo, como qualquer ser vivo, tem de ser um ser que vive, vivo, os seus quereres e não quereres em termos de viver ou não viver uma vida que se vive independentemente do querer. um ser vivo para viver tem de ser isto, vivo, independentemente de ser isto a viver ou de ter sido mais ou menos isto vivo. se viver sem ser isto, um ser vivo não existe."
by Luís Lima in:

[ Eleni Karaindrou - Adagio ]

4.7.09

[...Hands Step by Paint:Morning Glory...]

{... passo as mãos pelas cores... e surgem as angústias do tempo. a ausência das cores e do movimento no tempo. é que pensar o risco que cada traço na sua cor tem... faz de cada quadro... tudo aquilo a que se chama: obra. entre serras cerradas caminhámos nas ruas escuras de outros passados... que de nosso nada tinha... mas... que a bom jeito: nos fez pintar um único quadro direito! abrimos janelas e hasteamos bandeiras em terras de pedra. teimosia. fantasia. destino. abrigo solitário que não nos quis nessa cruz. lançandos à sorte... mudamos de rota. fechamos a porta a todos os rostos desconhecidos e regressamos à procura do nascer do sol em terras mais planas. fantasia. destino. abrigo solitário onde hasteamos outrora seguras bandeiras. passo as mãos pelas cores... e surgem angústias de não ter tido tempo para pensar cada quadro que completa tudo aquilo a que chamam: obra. entre serras cerradas e na casa onde se rezaram mil rosários... quis Deus brincar comigo e por destino... fazer do meu caminho: um regresso tranquilo. já não sei se sei: brincar nos jardins da insónia... nem tão pouco se ainda sei pintar as sortes ou as mortes que só o céu... sabe desenhar nas nuvens e nas estrelas que brindam ao sol que anoitece em mim. passo as mãos pelas cores e sei que não tive tempo para te pensar. na alta serra... desenhámos tristezas e guerras antigas. conhecemos gentes amigas e almas estranhas ao nosso olhar. passo as mãos pelas cores... e o sonho chama de novo por mim. partimos sempre por fim... sem tempo para te pensar. sei que é tempo de regressar ao sol que nos acorda da serra mais alta do teu altar. passo as mãos pelas cores e o tempo vence a angústia de tudo o que nos faz pensar em ti: aqui ou noutro lugar. }

[...Mariza:Cavaleiro Monge... ]

30.6.09

[... Box of Dreams: Wanders... ]

{... na casa dos sonhos, aberta a porta... divagamos. vimos rostos que não conhecemos e lugares desconhecidos. na casa dos sonhos... degrau a degrau, subimos a escadaria do sono. sentados já nos bancos dos jardins que só nas ruas dos sonhos existem: observamos como é maravilhoso o mundo! a vida. o universo. esquecidos de nós... sentamo-nos cansados no sono: à espera. sempre à espera que tombe em nós: o milagre de sonhar. sobrevoado o tecto do pensamento... despimos imagens e memórias!... nesse mágico instante, somos crepúsculo e cores musicadas na solidão da noite. na melodia do adormecer, surgem personagens que nos abraçam e nos levam de mãos dadas pela noite fora. é na escadaria do sono que divagamos. pintamos vidas e milagres que só lá acontecem. mágico lugar esse que nos leva até às estrelas mais longínquas. até onde só a alma consegue alcançar. ver. sentir. regressar... entrados no paraíso, sorrimos perdidos nas cores desconhecidas que até lá nos fizeram chegar. é no sonho que brincamos e rimos das leis que regem o jogo da vida. mergulhamos na fantasia e a imaginação leva-nos a tudo o que está escondido para além do nosso olhar. aberta a porta ao sono... há todo o tempo do mundo para sonhar! divagamos. vimos rostos que não esquecemos e lugares onde queremos regressar. há sonhos que se repetem e novos que acontecem... sempre que esquecidos de nós... abrimos a porta do sono. abandonado o corpo: ficamos à espera. à espera que a mágica hora aconteça e nos faça percorrer... todas as ruas da nossa imaginação. na casa dos sonhos, aberta a porta... vimos rostos, cores e lugares: divagamos livres de pensar!... }

[Maria João Pires & Ricardo Castro]

28.6.09

[... The Staircase of Sleep... ]

{... riscamos os céus de verde musgo... só para avistar a árvore mais alta de todos os sonhos. riscamos infinitos traços... para que nunca se escorregue na escadaria dos sonhos mais estranhos. se fosse fácil entrar de olhos abertos na janela do sono... debruçava nos desejados ramos do teu ser: mil cores ao adormecer. devagar. tudo muito devagar. suavemente. sem pressa de acordar do sonho que risca a vida. sem vento. sem som. sem lápis. sem memórias. sem tempo. sem mistério!... sem o tudo e o todo: apenas e só o céu!... percorridos desconhecidos lugares... entramos no sono que nos leva ao sonho e nos traz sempre de volta sem tempo para te pensar. novamente o sono. luz e sombra que o vento risca no pensamento: mil cores ao adormecer. o céu será sempre riscado a branco, cinza, azul, laranja, amarelo, magenta, negro, azul profundo... porque o céu nunca morre!... na escadaria do sono, riscamos vezes sem conta todos os sonhos... até que se esqueça também ele... e no seu todo... de tudo... de nós! degrau a degrau... no seu aparente vazio... há riscos desenhados que já nos sorriem de espanto: sonhamos?!... estranha escadaria é o sono... subida e descida constante... que alcançada vezes sem conta... nos liberta e completa o desejado retorno: à eterna viagem! o sono. o sonho. a vida. no seu todo... todas as noites voamos ausentes de nós. percorremos misteriosos universos. é nas suas margens que repousamos: lançados de desejo. adormecido o pensamento: semeamos ilusões. planeamos o futuro no presente e recordamos o passado num tempo que já não existe. degrau a degrau. sempre. subida e descida... com que todos os dias julgamos que sózinhos fazemos acontecer. suavemente. sem pressa. sem sorte ou morte... voamos mil vezes sem medo do fim. riscamos desejos no alto dos céus. desenhamos ramos no seu azul mais profundo... só para lá repousar e ficar. sentados no tempo... sem cair. o resto pouco importa! tudo o que é deixará por fim de ser. não há correria mais tranquila do que o sono. porque sempre que fechamos os olhos: acordamos no topo da sua árvore mais alta! riscada por nós e por ele. só para que o sono nos abraçe e adormeça. devagar. sem medo. suavemente... no verde musgo dos teus ramos... só para te pensar. sempre que paramos na escadaria dos sonhos ao anoitecer: inventamos mil cores sem saber. }

[Jan Garbarek & Keith Jarrett]

21.6.09

[... On the Roof of our Dreams...]

{... no telhado dos nossos sonhos... já cansados de tanto caminhar: paramos. sentados sobre o vazio que nos trouxe a este lugar... tudo é terra barro, canto chão. por vezes, no telhado dos nossos sonhos: trazemos cores pintadas de lugares desenhados em invisíveis papeís, esboçados na rota de cada voar. como é tão incerta esta viagem, que percorrida entre deus e o vento: nos faz sobrevoar tantos mares de desalento. saímos de nós. sentados no vazio, observamos tudo o que ficou para trás. surgem imagens conhecidas, reais, imaginárias, desconhecidas. afogadas as mágoas dos outros... pensamos em nós! é na algazárra desta vida que as cores nos falam. gritam imagens da vida no sono. diluidas todas ao mesmo tempo: sonhamos! recriamos da guerra dos homens... apenas e só: coloridos rostos em momentos de paz. saídos de nós: tudo é tão perfeito! entre deus, o vento e o céu... há para além do azul e das estrelas brancas da noite: secretos recantos que nos aguardam e amparam cada sonho até à próxima viagem!... todos os dias voamos sempre quando cansados ficamos de tanto caminhar! ainda tudo é da cor da terra barro... por enquanto! nesta incerta viagem... quis assim deus... que deste vôo viessem comigo... apenas pigmentos de azul e branco. só para que eu saiba que há mais terra barro e canto chão no céu do seu olhar. saídos de nós: somos apenas pó, pigmentos de várias cores, regresso e viagem constante. é por isso que deus fez do vento um sopro ausente de cor... da vida uma incógnita viagem... do sonho um lugar incerto. porque só ele sabe... que depois de adormecidos todos os sentidos... é deus que faz de nós: nascer sempre de novo!...}

[ Caetano Veloso ]


19.6.09

[ ... Safari en Ganadería Passanha: Terra Brava & Carlos Pegado en Alentejo-Portugal ... ]

{... em terras lusas há toiros bravos: pretos, castanhos, malhados de branco, ocre e pontualmente de dorso dourado. no caderno das memórias dos pintores... há tudo isso e muito mais... que só mesmo a paleta das cores pode modificar! em terras lusas há a tradição do toureio. no alentejo, entre as fronteiras do medo e a vizinha espanha... fizemos um safari para redesenhar: toiros bravos! no abrasador calor na ganadaria dos passanha... dentro de um carro campreste tipo jep, e a convite do empresário carlos pegado: percorremos medos escondidos de janelas abertas à aventura diária de diogo passanha. há vidas tão diferentes das nossas, que por vezes esquecemos nesta vida... a importância do "viver" que cada vida tem. por escolha, herança, tradição ou opcção, vivemos caminhos que por outros percorridos... são e desde logo: janela aberta ao nosso destino! em telas lusas há toiros bravos que se pintam de preto, castanho, azul, ocre, laranja, malhados de branco e pontualmente de dorso dourado. os toiros são por natureza tão bem desenhados, que nem o traço de picasso, ousou apagar nos seus quadros: a beleza de todas as suas linhas. há no fitar escondido de cada toiro: invisíveis mistérios que nenhum traço ou cor, conseguirá jamais captar o risco do seu olhar. desenhar toiros sem os ver de perto, é como pintar às cegas toda a sua grandiosidade. à medida que nos aproximamos e ficamos de frente aos majestosos toiros: o coração aperta e o jep torna-se pequeno para resguardar os nossos medos. afinal... só eu sentia medo! aberta a janela e vencido o medo: observamos as formas, o corpo, o olhar... só para sentir o movimento que há em cada um deles. no final de tudo isto... tudo é ou será: um grande mistério! assim fomos campo a dentro, entre as fronteiras do medo e a vizinha espanha... observar de perto os toiros dos passanha. há em terras lusas toiros bravos, que nas telas dos pintores já se pintam de todas as cores. há no alentejo... um portugal que por vezes é tão esquecido... deste nosso povo cheio de bravura e de orgulho: na sua/nossa secular tradição!... parabéns diogo passanha... obrigado: carlos pegado! }

[ Pablo Picasso - Bull ]

14.6.09

[... Boats of Colors: The Trip...]

{ ... goya, manet, van gog, romero, paula manzanares, morante, picasso e os touros. entre o eu e o mim: tudo é viagem! destino. cores. pensamento. perpétuo é o prazer de quem mergulha nos mares da criatividade. pintamos casas, barcos, toiros, arenas, personagens, vidas, sentimentos e todos os possiveis universos imaginários. todas as cores são musicadas entre a realidade e a fantasia... sempre que a vida nos transporta na sua imensa barca de tonalidades. olha-se o céu e as estrelas podem ser desenhadas a prata ou vermelho carmim. o que existirá em nós, que para além da razão... entre ver e olhar... sempre nos diferencia?!... somos entre os demais: navegados olhares! aqui, fazemos partir barcos rumo a paragens imaginárias que em recatados mares: ancoramos as nossas memórias. é bom saber que há quem rume sempre em direcção de novas ilhas. em cada porto seguro do nosso olhar... navegamos sempre sem destino. somos prazer perpétuo. azul profundo... sempre que mergulhamos nos mares da criatividade. olha-se o mar, o céu, a terra e partimos sempre da mesma forma: mergulhados de prazer! só mesmo o destino sabe desenhar o tempo que nos resta... para olhar tudo aquilo que ainda nos falta ver!... entre o céu e o mar, navegamos hoje: a bordo do santa maria manuela!}

[ Imagem: João Miguel Vieira ]

13.6.09

[ The colors of Fernando Pessoa and God ]

{... quais as cores de fernado pessoa... não sei! haviam tantas pessoas em pessoa que apesar de eu saber, que na psicologia as cores, cada uma delas tem o seu significado... em todas elas e em nenhuma - eu não o encontro. não o vejo. sinto! porque todos os pigmentos têm as suas próprias transparências e opacidades. cambiantes. ausências. solidão. sentimentos que numa imensidão de palavras, contam estórias e imagens escritas em folhas de papel. sem tela e sem tintas... o escritor pintou estados de alma. retratou nas suas palavras: os outros. quis ser diferente dos demais: viveu só. foi livro. poesia. pensamento. tudo e nada. ser diferente, é viver em silêncio. é viver em lugar incerto... é habitar todos os lugares e em nenhum ao mesmo tempo. lugar sagrado onde tudo o que se sente e se pensa... é e será sempre: casa do senhor Deus. hoje, no seu 119º aniversário, há um poema que marca todas as cores na paleta deste atelier. penso nele!... penso em Deus, nas cores e, no génio de fernando pessoa.} "Pensar em Deus é desobedecer a Deus,/ Porque Deus quis que o não conhecêssemos,/ Por isso se nos não mostrou.../ Sejamos simples e calmos,/ Como os regatos e as árvores,/ E Deus amar-nos-á fazendo de nós/ Belos como as árvores e os regatos,/ E dar-nos-á verdor na sua primavera,/ E um rio aonde ir ter quando acabemos!... Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos" de Fernando Pessoa."

[Bethania:Poema de Fernando Pessoa]

12.6.09

[ ...Terre Ombre Brûlée... ]

{... quando os mares se pintarem de ombre brûlée... não há chão na terra que não fique: verde perla. todas as serras e as montanhas se cobrirão de blanc zinc. o que restará do céu um dia... se de cada porta nele bem escondida... não se desvende em nós e uma vez por todas: o grande mistério dos ventos que sopram do extenso noir d'ivore!... quando os mares se pintarem de ombre brûlée... certamente que só a paleta das cores permanecerá viva. afogadas as memórias e invertidos os pigmentos desta vida: começaremos sempre tudo de novo. inventaremos a roda, o papel, a luz, a escrita, a música, a paixão, a dor, o medo, o cinema: o sonho! somos esboço vivo no lápis do tempo!... recriação. imaginação. breve passagem que a vontade preenche - tudo o que destoa e que ainda não se vê- no estranho noir d'ivoir dos céus. tudo o que daqui se avista: mudará por fim. nunca ficaremos sós, entre a verdade e a mentira de todas as cores perdidas. é exactamente por isso, que já se avistam novas praias d'or foncé... só para que mergulhemos de novo em novos mares: pintados a ombre brûlée!... somos lápis. cores. esboço. imaginação. recriação. tempo. terra verde perla que te espera... no deserto areal do meu pensamento.}

[ Wim Mertens ]

11.6.09

[... Na Toponímia do Ser ...]

{... nos arruamentos do ser... todas as estradas são sempre desiguais. há em todas as multidões: ocultos olhares que se cruzam em diferentes lugares. primeiro o traço. depois o risco. escolhido o sentido: a cor. novamente o traço. apagado o risco... as estradas de tons marcam o rosto de cada ser. formas despojadas de sentimentos cruzam-se no mesmo espaço. olhar, é um lugar inventado! arruada acima: o pensamento. olhar fixo. vago desejo pintado na desigualdade dos dias. escolhido o sentido... oculta-se-lhe sempre e, em cada risco: a multidão de arruamentos que tem cada ser. }

[ Sting - Englishman In New York ]

9.6.09

[...The Circle and the Risk of Eternity...]

{... tudo é redondo! estamos como a lua, a terra, o mar, o sonho, a vida, a sorte, o pensamento: o mundo! por mais voltas e voltas que se possam dar... daqui ... só o desconhecido universo nada nos diz. nada faz. sentados no nada: pensamos no risco que completa cada círculo. fechamos o traço. objectivamente e só para que no tempo... mais nada se passe... fora desse mesmo espaço. paramos o tempo!... inscritos também nós no papel... ficamos como a terra, a lua, o mar, a vida. sentados no vazio: no círculo suspenso. sómente... como todos os outros círculos que se avistam no céu. pensamos. será penas o sonho: um traço que se risca noutro tempo?! estamos redondamente certos... que por mais voltas que se possam dar... só mesmo o desconhecido universo: vive fora e dentro de todos os círculos fechados. nada dizem. nada fazem. nada pensam. aparentemente, são apenas como a terra vista do céu. riscados no espaço e em círculos perfeitos: fecham-se. nada dizem. nada fazem. coexistem invisiveis em todas as linhas que ao mesmo tempo se completam num único e só traço concêntrico. o que haverá depois disto tudo?!... se fora de cada círculo: todos os sonhos são desconexos. redondos. vontade infinita que animada pelo risco da vida: pretendemos alcançar a eternidade. }

[... BradMeldau... ]

5.6.09

[... The Duality Body and Spirit... ]

{... liberdade, é o único sonho que na realidade tanto nos faz correr nesta vida. é por ela que subimos as mais altas montanhas do nosso ser. sem ela não se vive. ficamos cegos. aprisionados a vontades alheias. até os reclusos de si próprios: correm!... sonham. saltam invisíveis sombras. rumam em sonhos, desejadas sortes que em direcção a novos horizontes: esperam voltar a descobrir o mistério da vida. todos nós abraçamos estradas solitárias. colinas sombrias. prados cheios de luz. somos, corrida desenfreada sempre à busca de novas cores. dos mágicos lugares que só o pensamento sabe avistar. ser livre... é sonhar que não se morre. nós nunca morremos porque vivemos sempre: entre o sonho e a realidade! nesse grande mistério, saímos do tempo e mergulhamos noutro universo: paralelo aquele que julgamos existir... dormimos! efectivamente nesta vida, temos sempre a esperança de suspender esta corrida para sempre. ser apenas como a liberdade: um sonho. ficar entre as montanhas e entre as serras que se aninham nos vales do sono. mergulhar nos mares. voltar às montanhas e no topo das serras, ficar para sempre como a liberdade: vivos!... somos tudo aquilo que anima o mundo à realidade. somos muito mais do que uma única e só corrida. somos pensamento vivo que perdura no tempo. semente e sentimentos. memórias. espera. esperança. fé! somos tudo aquilo do que depois de nós: dará lugar a novas corridas no tempo. }

[ Trem das Cores - Caetano Veloso ]

3.6.09

[... Areia Fora: Être-Texte & Luis Lima...]

{... nas mil pedras da estranha montanha que já só está desenhada nas memórias de outro lugar: pensamos nos amigos. guardamos imagens. palavras. o invisível. o sagrado. tudo isso... num lugar bem secreto no tempo. leio "areia fora" de luís lima. desejam-se as pedras que escondidas pelo mar recordam imaginários areais. vemos praias que nunca existiram. mas... é exactamente nesse lugar que se guardam as pessoas especiais. }
["Na praia sem água nem sol, sem noite, sem lua, areia fora. Olhos sem cor, intensamente molhados de tanto olhar. Presa nua desabrigada sem ervas altas, sem riscas na pelagem. Gamo. Vento sem som, volume sem superfície, a pele descarnada de sentimentos. Mãos brancas e abertas traçadas, na palma, riscadas a negro claro no pano dérmico moreno, panorama epidérmico, epirama panodérmico. Dar e dar e tornar a dar o que se não tem. Aumentar-se assim de desejo. No mar sem água, deserto imerso de ligeiros pelos aloirados nas dobras do corpo cheio na maré vaza. Memórias projectadas num futuro sem pretérito a pretexto da trama de duas sombras na terra clara. Jogo de perguntas sem respostas evenciais. Evento nos lábios traçado a lápis-lazuli. Evento boca na palavra em voz. Para nunca menos do que isto. Para nunca mais repetir sem lembrar o regresso de amar. Na serra larga sem fogo, sem rocha, sem pedra, sem chão. Elementos lacunares, hiatos narrativos em cachoeira. O fluxo nocturno dos sonhos que caem a pique e não sabem morrer, papagaios pintados à mão para espantar os espíritos trovosos das nuvens densas, húmidas, papagaios de canaviais que vivem e não sabem poisar, sem terra não podem correr, sem pernas não podem morrer. Água sem sal, doce como a nascente de uma vaga." ] in Luís Lima em:
http://ovirusdavida.blogspot.com

[ Sigur Rós - Sæglópur ]

1.6.09

[...Translation of Eternity and Colors... ]

{... há em todas as estradas: cores sombrias. fortes. transparências sobrepostas. densas. nos caminhos que nos levam às cores felizes... alegram-se as raízes que plantámos em infindáveis jardins de pano. todos os quadros são inventados! pintados. sonhados. escritos. desejados. há em todos eles o feitiço da viagem. o regresso e a partida. só as cores que trazemos na bagagem, comungam entre o céu e a terra: secretos olhares! esgotadas as cores... trocamos dissabores. pintadas as mil estradas no pano da nossa viagem: os quadros partem para sempre sem nunca regressarem ao mesmo lugar. que se alegrem as raízes das árvores, das flores, dos jardins plantados à beira mar que deixámos para trás ficar. vão os quadros... e ficamos nós. mergulhamos novamente no silencioso branco que apontará novos caminhos. nos prazeres que desafiam o destino há em todos eles: mil estradas pintadas de saudades. mas, só no branco de cada tela há o apelo ao novo risco. à renovação das linhas e das formas. só as cores que trazemos na bagagem é que perduram para sempre... o resto é tudo sombrio. há em todas as estradas que percorrem o céu, a terra e a tela: extensos jardins de memórias. tudo é incerto... até ao preciso momento em que os quadros determinam o seu fim. nos secretos olhares que há entre o céu e a tela: tudo é aparentemente um simples tecido pintado. tecidas as cores... eterna é e será sempre: a nossa viagem!... }

[ Leonard Cohen - Joan of Arc ]

31.5.09

[...Strength and Opacity: Sleep and Reality...]

{... há em todas as palavras: força e opacidade. verdades e mentiras que nos unem à intemporal comunicação humana. resumidamente, tudo é composto por letras. falam as cores, a música, a vida, a terra e tudo mais o que existe no universo: durante o sono! se pudessemos escutar em todas as palavras que ainda não foram impressas em nenhum livro, talvez soubéssemos ler em todos os pensamentos abstractos - sinais que o tempo nos dá e que ainda não conseguimos alcançar na leitura dos dias. ler, é saber parar o tempo! meticulosamente escolhidas... todas as palavras passam para o grande ecran da vida. estórias, contos, poesia, prosa: cinema! há em todas as imagens: força e opacidade. o que seriam das palavras se não fossem todas elas: a grande alavanca das imagens?!... o que seria do nosso cérebro... sem o seu maravilhoso arquivo genético?!... mesmo quando o cérebro se desliga por sua vontade própria e temporáriamente: sonhamos. viajamos. falamos. pintamos. escrevemos. pecamos. rezamos. vivemos: alimentados pela sua força e opacidade. observamos estranhos lugares que entre o passado, o futuro e o presente: somos apenas o prolongamento dos genes que transportamos. não somos mais do que uma mágica malha. extensa. infinita. tecida pelo fio condutor das primeiras palavras escritas. força e opacidade. verdade e mentira. sonho e realidade. milagre ou alucinação. resumidamente, não estamos livres das palavras... nem das imagens... que fazem de todos nós... mais um livro na terra. o mundo é ainda para nós: a maior biblioteca que conhecemos. se soubessemos escutar todos os pensamentos, talvez entendessemos que o milagre que há entre o sono e a vida, é que sempre que acordamos... habitámos também nós: diferentes lugares no tempo. }

[ Philip Glass: Glassworks ]

30.5.09

[ ...Outremer Blue & Holy Places... ]

{... se o mar e o céu não não tivessem sido pintados pela mão do criador: como poderíamos mergulhar no azul "outremer"? criadas as cores... aninham-se nelas significados e sinais da nossa existêncialidade. são tantos os caminhos a percorrer que não há tempo para pensar em todos os seus significados. reais. imaginários. na tela. na vida. é na sua complexa diversidade que a humanidade atribuí a cada pigmento: estados de alma diferentes. isto, porque nunca consegui entender qual é a cor que o tempo tem. das cores que selecionamos na paleta do nosso sentir... vestimos sentimentos e estados de alma. há cores que nos marcam para sempre. exactamente porque há em todos os tons: significados diferentes. idênticos. opostos. lugares que apontam em cada imagem: semelhanças. o que seria dos céus de "turner" sem o azul mesclado nas suas múltiplas cambiantes de tons?!... o que seria de "turner" sem azul... quando a tristeza invadiu a sua vida? o que seriam os céus do seu sentir, que marcaram para sempre a sua "obra"? o que seria da humanidade se toda ela fosse desprovida da eterna procura da pureza dos sentimentos?!... tudo é vago. rápido. breve. como é fácil não sentir... fingir que tudo é apenas breve, rápido, vago. que só há um tempo para o significado de cada vida. que não há mais tempo... nem significados... nem céu... nem alma... nem sentimentos... nem lugares sagrados... nem mais nada... em todas as cores que existem para além de "outremer blue"!... }

[ Jan Garbarek Group ]

29.5.09

[Zinc White & Transparency of the Painting ]

{... no tecido que rege o destino procuramos os tons que nos levam: a zinc white. rigorosamente... todas as cores se avivam no pano dos dias. rigorosamente... vagueamos em toda a sua extensão sem dar importância aos metros que ela tem. se pudessemos saber a escala do nosso próprio tempo: adormecíamos envolto nele para sempre. só o tecido que rege o destino: sabe o tempo que cada vida tem. que importância terá tudo isto... no pano dos dias?!... a vida não é mais do que um pedaço de tecido tingido de várias cores. dilatadas as formas: esticamos o pano! esticado ele até ao ponto máximo: todas as cores se tornam invisiveis. esbatidas. diluidas numa só cor: zinc white! esfumadas todas as memórias... não há pano que aparentemente não se transforme numa nova vida. no tecido que rege o destino... as cores invariavelmente avivam a importância que cada vida tem. rigorosamente. sempre. musicando de novo todos os pigmentos até à sua exaustão. até ao momento em que percorrido todo o pano que vaguea a nossa extensão: ficamos invisíveis. sem escala. sem formas. sem tempo para que nesse preciso tempo... pensemos como será: o novo tempo. milagrosamente e sempre... é o tecido que segue rigorosamente em cada pano: o destino que cada vida tem. }

[ Tomasz Stanko: Suspended Night ]

28.5.09

[Fraternidade Missionária Verbum Dei: As Cores que nos cruzaram a Miguel Fazenda]

{... foi na busca da espiritualidade que nos conhecemos. fomos e somos também nós: cores à busca da fraternidade missionária. isto... porque quando fomos convidados para membros do júri na exposição do V centenário do nascimento de são francisco xavier-comissariada pela professora natália correia guedes-, eramos só nós os dois: os únicos pintores presentes nos membros do júri. foram as cores e a espiritualidade que cruzaram os nossos caminhos. “não toca apenas a Cristãos mas, também a Hindus, Budistas, e Muçulmanos”, disse a professora natália correia guedes, no mesmo dia em que juntou todos os membros do júri selecionados para essa missão. a exposição decorreu em simultâneo: espanha; xavier; pamplona e lisboa. depois... ficamos nós. as mensagens trocadas. os convites para os eventos pessoais. pintamos. filmamos. escrevemos. esculpimos novas missões. afinal, todos nós sonhamos poder mudar o mundo! sempre o mundo, os santos e os anjos: a perfeição! suspender o pensamento puro, que no mundo se perde e na "obra" vive para sempre! ficar invisível nas cores, nos riscos e nos traços. são mil gestos que contam as horas... as nossas e as dos outros. estamos sempre atentos: à vida e ao tempo. a todos os lugares onde os sentimentos são pintados e representados na tela. é assim que habitamos num mundo melhor. o que seria de nós sem a espiritualidade? que alma... que vida... seria a nossa... imersa neste imenso universo: aparentemente vazio. sem alma... todas as mãos são vazias e nunca se tocam: observam-se. morrem. desesperam de nunca avistarem as asas com que todos os dias: os anjos se pintam. se pudessemos ver quantos anjos habitam na terra... também nós... talvez, pudessemos ter asas para voar. ao pintor miguel fazenda desejo muitos exitos nas suas "novas figurações" e futuras missões!... }
www.miguelfazenda.com.sapo.pt