29.12.07

[...alentejo...]

[...Apetece partir...]

{... é tempo de partir para outro lugar. é isso. basta fazer a mala e recolher todos os sonhos que nos fizeram viver esta cidade. sabes, as cidades não são sempre iguais. aqui tudo é e não é. tudo cai por terra. tudo se odeia ou se ama da mesma maneira - apressadamente. tudo é sol e luz, oceano e mar. aqui... há desertos assim. pátria este lugar onde não se regressa após todas as viagens... pátria que manda partir e vencer noutra pátria para regressar. há mais Portugal que isto tudo! nunca se poderá a todos eles - aos artistas-, fazer apagar os registos duma cultura assim. é exactamente por isso que todas as diferenças nos juntam á mesa da maior descoberta de todos os tempos: "A Liberdade da Criação na Leitura das Coisas que Habitam o Mundo". passada a página do novo ano outro se avizinha. Bom Ano Lauro António e Eduarda Colares. Do Alentejo... Tiqqun aconteceu! mais e outras cores vão nascer nesta pátria onde há cor e esperança! enfrentar a solidão em terras do Alentejo é ouvir os ruídos do Mundo. é entender á nossa maneira que todos somos iguais. sem nosso Rei nesta Terra... apetece partir! iremos juntos em 2008 se Deus quiser!... até lá amigos! juntos iremos.}

17.12.07

[... no seu todo...]

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{... tudo se aproximará um dia no seu todo do eterno vazio. nem sei se existe o vazio, nem o todo de tudo que nos aproxime definitivamente a ele mesmo. ninguém se aproxima do que não sabe ou desconhece... mas, tudo nos aproxima do eterno e desconhecido pano do fim. ainda bem que essa certeza existe. o que seria de nós sem um determinado fim?... seria talvez, aborrecidamente sempre aqui. é aqui que o todo se revela, em tudo o que tem forma e cor, no grande pano branco da vida. se a brancura nos cega, também ela nos anima para que todo e qualquer pano... se torne cheio de cor! não há formas que não contrastem todas elas, as emoções da alma. há almas descrentes e até mais ausentes que outras. assim se tece o pano branco de cada um. mas... tudo nos aproxima por fim - no seu todo -, de tudo o que esperamos alcançar ou ver. são tantas as emoções reveladas no correr deste pano que não sei quantos metros ele tem!... mas sei que todo ele é debruado de cores distintas e diversas. na grande brancura da vida, tudo pode ser pausadamente preenchido de cor. que tombe o silêncio e o pano desfaleça; mas vida... a vida é sempre - no seu todo - cumprida ao modo de cada um. no seu todo... tudo é necessáriamente desconhecido até ao fim!...}

4.12.07

[... onde vais sem pressa?...]


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{... onde vais sem pressa? tu que vens e vais sem que nunca ninguém te veja? sei que existes e que tens sempre pressa de fazer chegar tantos outros a esse lugar. há quem te chame e quem nunca te reclame. há ainda quem nem nunca possa regatiar toda essa pressa tua!... e se não houver um novo lugar? quem sempre contigo parte vai já de saída sem pressa de lá chegar. há tanta gente que chega e outra tanta que se vai... por vezes, parece que sentados estamos numa grande sala de um aeroporto qualquer, como quem aguarda tranquilamente a sua vez . e se um dia a rotação da Terra parar? e se tudo parar por fim?!... que se dane a pressa que te anima e toda essa tua correria. onde vais sem pressa? quem és tu que vens e vais sem que nunca ninguém te veja?!... que a pressa te aclame e te canse. sabes... nem sempre tenho pressa de saber quem és tu realmente, nem como será teu rosto. hoje, apenas hoje te pergunto... porque sei que ainda não é hoje que sentes pressa... em chegar ao lugar onde me encontro.}