17.12.07

[... no seu todo...]

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{... tudo se aproximará um dia no seu todo do eterno vazio. nem sei se existe o vazio, nem o todo de tudo que nos aproxime definitivamente a ele mesmo. ninguém se aproxima do que não sabe ou desconhece... mas, tudo nos aproxima do eterno e desconhecido pano do fim. ainda bem que essa certeza existe. o que seria de nós sem um determinado fim?... seria talvez, aborrecidamente sempre aqui. é aqui que o todo se revela, em tudo o que tem forma e cor, no grande pano branco da vida. se a brancura nos cega, também ela nos anima para que todo e qualquer pano... se torne cheio de cor! não há formas que não contrastem todas elas, as emoções da alma. há almas descrentes e até mais ausentes que outras. assim se tece o pano branco de cada um. mas... tudo nos aproxima por fim - no seu todo -, de tudo o que esperamos alcançar ou ver. são tantas as emoções reveladas no correr deste pano que não sei quantos metros ele tem!... mas sei que todo ele é debruado de cores distintas e diversas. na grande brancura da vida, tudo pode ser pausadamente preenchido de cor. que tombe o silêncio e o pano desfaleça; mas vida... a vida é sempre - no seu todo - cumprida ao modo de cada um. no seu todo... tudo é necessáriamente desconhecido até ao fim!...}

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