30.7.08

[...No Tempo e Ao Tempo...]

{... que se toquem à chegada e à partida: os sinos desta vida. na aldeia da serra há sinos à mão de quem passa e grafitis dos anos de 1600, nas alvenarias das casas. são sombras dum passado tão longínquo que dispertam memórias escondidas no tempo. todas as aldeias de pedra guardam seus grafitis esculpidos com dizeres pintados para todo o sempre. não há concursos, nem animações cromáticas, ou novas tendências artísticas. tudo é meticulosamente conservado para receber os novos habitantes. só soa o tempo, devagarosamente. as horas tocam - no tempo e ao tempo -, sons e memórias na superfície branca do pensamento. inventam-se linhas e datas, nomes e cores, em paredes ainda não riscadas. só quando o vento se enaltece e se espreguiça do alto azul do céu: é que o sino desentristece e a festa acontece. há tanta música na cor que por ora, os sinos se silenciam. espreitam a serra. aguardam o vento que já sopra, devagarosamente. e assim ficam, sempre muito atentos, à chegada e à partida de quem passa, e de quem nunca chega. }

3 comentários:

Teresa Durães disse...

o sinos fala...quando tocam em conjunto

musqueteira disse...

viva teresa durães...são os sinos desta aldeia;)

musqueteira disse...

viva teresa durães...são os sinos desta aldeia;)