21.6.09

[... On the Roof of our Dreams...]

{... no telhado dos nossos sonhos... já cansados de tanto caminhar: paramos. sentados sobre o vazio que nos trouxe a este lugar... tudo é terra barro, canto chão. por vezes, no telhado dos nossos sonhos: trazemos cores pintadas de lugares desenhados em invisíveis papeís, esboçados na rota de cada voar. como é tão incerta esta viagem, que percorrida entre deus e o vento: nos faz sobrevoar tantos mares de desalento. saímos de nós. sentados no vazio, observamos tudo o que ficou para trás. surgem imagens conhecidas, reais, imaginárias, desconhecidas. afogadas as mágoas dos outros... pensamos em nós! é na algazárra desta vida que as cores nos falam. gritam imagens da vida no sono. diluidas todas ao mesmo tempo: sonhamos! recriamos da guerra dos homens... apenas e só: coloridos rostos em momentos de paz. saídos de nós: tudo é tão perfeito! entre deus, o vento e o céu... há para além do azul e das estrelas brancas da noite: secretos recantos que nos aguardam e amparam cada sonho até à próxima viagem!... todos os dias voamos sempre quando cansados ficamos de tanto caminhar! ainda tudo é da cor da terra barro... por enquanto! nesta incerta viagem... quis assim deus... que deste vôo viessem comigo... apenas pigmentos de azul e branco. só para que eu saiba que há mais terra barro e canto chão no céu do seu olhar. saídos de nós: somos apenas pó, pigmentos de várias cores, regresso e viagem constante. é por isso que deus fez do vento um sopro ausente de cor... da vida uma incógnita viagem... do sonho um lugar incerto. porque só ele sabe... que depois de adormecidos todos os sentidos... é deus que faz de nós: nascer sempre de novo!...}

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