20.10.06

[... Carminer...]

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{...hoje, pensei esbater memórias, num atelier a dois tons. Hoje, pensei em ti. Hoje, apenas hoje, pensei no carmíneo do Mundo. Se pudesse ver o Mundo a dois tons, não sei qual a cor que escolheria para tingir tudo o que nele há de contraditório. Assim à memória? Talvez, vermelho brilhante!... Porque, há sempre dois tons, dois caminhos, duas faces ou duas escolhas para um mesmo e único fim.
Hoje, resolvi carminar todas as minhas memórias!
Tingir memórias é como reanimar o que já estava esquecido. E, não querer recordar certas memórias, é dar brilho ao opaco em toda a sua cor. Seria tão fácil, se pudessemos, lhes retirar simplesmente uma determinada cor e dar a coisa como terminada... Ou então, dar a cada cor uma nova memória. Mas, como todas as memórias têm cor, é preciso saber como extrair as suas substâncias emocionais, das novas sustâncias tinturiais. Tentar esbater o contraditório das guerras que povoam o Mundo, é como tingir toda a sua substância viva em carmesim.}

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