23.2.07

[...ad + eccu + illac...]

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{... daqui, ou talvez mesmo... só mais acolá, o céu é mais perto! neste lugar, o tempo dá lugar a outros tempos. daqui, há tempo para se observar o tecto do Mundo. eis as primeiras vistas da saída da nave onde as tintas repousam no algodão já rabiscado. acolá, o céu é mais perto de tudo o que há para além de nós. nunca sei ao certo quando olho para aquela casa branca, a que distancia se encontra ela, deste céu tamanho que envolve a cidade das tintas. este é o horizonte dos meus dias nesta cidade. se todos os lugares têm céu, como será ele no meu próximo lugar? se os lugares se mudam e nos mudam pelas suas diferenças, só o céu não se altera temporariamente no seu recatado infinito. a ele, se agrupa sempre um + ou um - , consoante a distancia pontual do erro a que dele nos encontramos: dele, do céu... é claro! porque tudo o que é de mais ou de menos é sempre igual a um determinado valor que correspondente invariavelmente ao coeficiente do vazio. se um dia, der de caras com o vazio dos dias... que haja muito céu nesse lugar! é mais ou menos isso que os habitantes das tintas fazem: olha-se o céu, e pintam-se tantas quantas estrelas sejam possíveis desenhar. é exactamente por isso que aqui o céu está mais perto de nós do que em outro lugar. em traços abstractos... nesta cidade, tudo é infinitivamente desenhado para que o céu, esteja sempre mais perto do lugar onde habita efectivamente o nosso Eu!}

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