6.8.09

[... The Gardens of Childhood...]

{... de regresso aos jardins da nossa infância, revisitamos todas as cores que nos fazem recordar: tempos felizes. sentados no tempo, observamos o antigo relógio de pedra que permanece igual e no mesmo lugar naquele que foi: o jardim da nossa infância. intocável. estático. inalterável. sempre à espreita do tempo; do sol; da lua; das estrelas... sem nunca se atrasar. parar. morrer. motivado pela luz que o tempo reflete vezes sem conta... só ele perdura no jardim que nos viu crescer. se fossemos um relógio de horas pensadas... teríamos plantado outros tempos na alvenaria do que somos. se fossemos sombra calculada no mapa da nossa existência... as memórias ganhariam desconhecidas tonalidades. se não houvessem relógios no tempo... o que seria de nós?!... transformar-nos-íamos em pedra intocável, estática, inalterável... sempre à espreita do sol, da lua, das estrelas. seríamos sómente: luz e sombra. contraste. olhar atento aos movimentos de tudo o que se avista do vasto manto e que cobrirá para sempre: o desconhecido universo. seríamos espeitadores deste tempo e de um outro que paralelamente a outros tempos... projectam-nos no infinito do que somos: num desconhecido relógio. se pudessemos desvendar o tempo... seríamos muito mais do que está para além da sombra, da luz... e de tudo o que aparentemente perdurará no tempo. teimosamente, somos ao mesmo tempo... o antes e o depois... de tudo o que existirá em nós. somos... todas as cores felizes... sempre que nos sentamos num outro tempo... só para pintar de novo: os jardins da nossa infância. }

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