http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF230211-01-01-09.mp3
{... há neles a ousadia do esboço sonhado. há sempre neles... aquela força divina de correr atrás do sonho a realizar. há tanta mestria quando repousados estão, que por vezes, na ausência da gestualidade trocam traços escondidos em segredos por revelar. há neles cores feitas, juízos perfeitos e orações por rezar. há neles desejos tamanhos e desenhos por animar... há neles, a euforia do vazio e o esvaziamento da sua própria alma, porque não têm corpo, de tanto corpo desenhar. há neles... o pecado de não pecar. há neles, uma saudade imensa em voltar a ter alma e corpo para além da tela branca que lá deixei por acabar. há neles, o respeito da minha ausência e ansiedade de recomeçar a dar cor àquele lugar. há neles... guerreiros da cor, esperanças vividas e noites mal dormidas. há neles, sangue de mil cores e muitas mais por definir. há segredos recatados e paixões secretas por desenhar. há sentimentos esperados e aninhados no vazio de cada olhar. há neles guerra em cor, e cores de guerra infindáveis de pintar... sem eles não há paixão, alma, corpo, sonho, euforia, juízo, pecado, oração, esperança, sentimento, ansiedade, guerra, vazio... saudade da vida que falta ainda realizar. sem os guerreiros da cor, todas as telas são brancas gélidas ainda ausentes de tanto sonhar.}
30.5.07
25.5.07
[... Soldados do Silêncio...)
http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF258377-01-01-02.mp3
{... há nos templos habitados por soldados do silêncio, um grande segredo: a Paz interior!... há soldados do Bem e do Mal. há soldados pagos para causar gastos na humanidade. há também soldados que se oferecem à humanidade para fomentar a Paz. estes, os soldados do silêncio, são nobres almas despidas da vulgaridade dos dias. é neles que habita o grande segredo da vida. são na generalidade, seres humanos oferecidos a um Deus por vocação. atentos ás coisas simples que povoam o Universo, entregam eles suas vidas à oração. e vivem tal como nós, dia após dia, até que a senhora morte aproxime por fim, seu colo. há pessoas boas... sabias? há em todo Mundo pessoas desiguais que apenas se dividem em duas equações. desiguais, são as oportunidades que a vida nos dá, porque nem sempre nela encontramos pessoas tão especiais. é nos templos que eles habitam. quase diria por fim que para se ter acesso a tais nobres pessoas, temos que com eles e como eles, mergulhar no seu mais profundo silêncio. eu mergulho temporáriamente no silêncio dos dias. eu... por vezes, construo templos imaginários devotos ao silêncio, talvez porque desejo recatar o Guardião da minha Fé, em paredes erguidas num sagrado castelório. sem estes castelos, seria impossível viver na uniformidade do silêncio dos dias, porque cada vez mais, o Mundo, carece de ser povoado por soldados da paz. Há na arte tudo isto... e muito mais silêncio procurado! afinal, quem não procura o silêncio dos dias?!...}
{... há nos templos habitados por soldados do silêncio, um grande segredo: a Paz interior!... há soldados do Bem e do Mal. há soldados pagos para causar gastos na humanidade. há também soldados que se oferecem à humanidade para fomentar a Paz. estes, os soldados do silêncio, são nobres almas despidas da vulgaridade dos dias. é neles que habita o grande segredo da vida. são na generalidade, seres humanos oferecidos a um Deus por vocação. atentos ás coisas simples que povoam o Universo, entregam eles suas vidas à oração. e vivem tal como nós, dia após dia, até que a senhora morte aproxime por fim, seu colo. há pessoas boas... sabias? há em todo Mundo pessoas desiguais que apenas se dividem em duas equações. desiguais, são as oportunidades que a vida nos dá, porque nem sempre nela encontramos pessoas tão especiais. é nos templos que eles habitam. quase diria por fim que para se ter acesso a tais nobres pessoas, temos que com eles e como eles, mergulhar no seu mais profundo silêncio. eu mergulho temporáriamente no silêncio dos dias. eu... por vezes, construo templos imaginários devotos ao silêncio, talvez porque desejo recatar o Guardião da minha Fé, em paredes erguidas num sagrado castelório. sem estes castelos, seria impossível viver na uniformidade do silêncio dos dias, porque cada vez mais, o Mundo, carece de ser povoado por soldados da paz. Há na arte tudo isto... e muito mais silêncio procurado! afinal, quem não procura o silêncio dos dias?!...}
23.5.07
[... a força da cor...]
http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF266342-01-01-01.mp3
{... sem mar... apesar de sem mar, viver para além do tejo, há o saudoso sal, trazido até mim pela força da cor: o vento!... se a saudade tem cor? não sei. mas... há saudades cheias de cor. se a cor nos traz saudade pela subjectividade da cor... então, temos cores em todos os sentimentos presentes e ausentes. por vezes, há momentos de saudade ausente, na planície alentejana. falta-lhe o mar!... na cidade das tintas, o mar foi pintado numa grande tela imaginária. se não fosse o vento que corre todo o planeta lado a lado sem parar... como coloria eu, toda esta enorme saudade, em ver aqui o mar? se não fosse a força da cor, como se calmaria toda esta melancolia? basta pintar. se não tiveres o mar perto de ti, desenha-o e dá-lhe cor! é para isso que as tintas servem. dão cor a tudo o que sempre está ausente. já o vento, sem cor aparente, quando se ausenta donde estamos, se asfixiam as cores de saudade duma áfrica desconhecida. há no alentejo gentes que trabalharam no norte de áfrica. muita gente quando sente o vento, aqui neste deserto, pinta-o de amarelo e branco. há ainda quem o pinte de azul e de verde porque o mar tem essas cores na consciência de cada um. ora, se o pintares de magenta, também serve, desde que a força da cor consiga sombriar com ela, toda essa saudade. há saudades assim!... há saudades pintadas em telas ausentes largadas ao vento daqui, ou de qualquer outro lugar.até agosto, sem mar presente, apronto as telas para regressar por fim até lisboa.}
{... sem mar... apesar de sem mar, viver para além do tejo, há o saudoso sal, trazido até mim pela força da cor: o vento!... se a saudade tem cor? não sei. mas... há saudades cheias de cor. se a cor nos traz saudade pela subjectividade da cor... então, temos cores em todos os sentimentos presentes e ausentes. por vezes, há momentos de saudade ausente, na planície alentejana. falta-lhe o mar!... na cidade das tintas, o mar foi pintado numa grande tela imaginária. se não fosse o vento que corre todo o planeta lado a lado sem parar... como coloria eu, toda esta enorme saudade, em ver aqui o mar? se não fosse a força da cor, como se calmaria toda esta melancolia? basta pintar. se não tiveres o mar perto de ti, desenha-o e dá-lhe cor! é para isso que as tintas servem. dão cor a tudo o que sempre está ausente. já o vento, sem cor aparente, quando se ausenta donde estamos, se asfixiam as cores de saudade duma áfrica desconhecida. há no alentejo gentes que trabalharam no norte de áfrica. muita gente quando sente o vento, aqui neste deserto, pinta-o de amarelo e branco. há ainda quem o pinte de azul e de verde porque o mar tem essas cores na consciência de cada um. ora, se o pintares de magenta, também serve, desde que a força da cor consiga sombriar com ela, toda essa saudade. há saudades assim!... há saudades pintadas em telas ausentes largadas ao vento daqui, ou de qualquer outro lugar.até agosto, sem mar presente, apronto as telas para regressar por fim até lisboa.}
20.5.07
[...no acaso dos dias...]
http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF268740-01-01-04.mp3
{... o amigo dos meus amigos, que meu amigo também é, não gosta nada de chopin!... ás tantas, e entre as horas diferentes dos restantes relógios destes habitantes... houve-se chopin. nesta terra, tudo o que se houve é meramente selecionado pelos acordes de um só Ser. juntos estamos, todos os dias, lado a lado na nave que alberga o atelier. eu e ele - ou melhor dizendo- o chopin!
é a primeira criatura viva que encontro nesta cidade. ainda bem, pois existem outras menos agradáveis com a sua própria vida: as aranhas por exemplo que trabalham dia e noite nas suas teias, ou mesmo as melgas que esfomeadas do sangue que não conseguem achar... sobrevoam o imenso charco desta cidade. o chopin pela madrugada dá sinal de si e manifesta a sua tendência musical. sempre que ouve chopin... bate nas paredes meias que nos separam e aguarda por novo som. eis o porquê do seu nome! todos nós temos um nome que não é por acaso. nada é por acaso talvez... para que nunca o acaso seja designado como uma única e pura coicidência. talvez seja por isso que o acaso nos prega constantemente inúmeras supresas. as cores, por exemplo, nunca são constantes. há tantas cambiantes na natureza dos pigmentos... que a procura duma determinada cor nunca acontece isolada do fenómeno - acaso. é como na música, exactamente quando a selecionamos naquele determinado momento. nunca se tira um CD por acaso para se ouvir, nem nunca se chama alguém vivamente pelo seu nome no acaso dos nossos dias.}
{... o amigo dos meus amigos, que meu amigo também é, não gosta nada de chopin!... ás tantas, e entre as horas diferentes dos restantes relógios destes habitantes... houve-se chopin. nesta terra, tudo o que se houve é meramente selecionado pelos acordes de um só Ser. juntos estamos, todos os dias, lado a lado na nave que alberga o atelier. eu e ele - ou melhor dizendo- o chopin!
é a primeira criatura viva que encontro nesta cidade. ainda bem, pois existem outras menos agradáveis com a sua própria vida: as aranhas por exemplo que trabalham dia e noite nas suas teias, ou mesmo as melgas que esfomeadas do sangue que não conseguem achar... sobrevoam o imenso charco desta cidade. o chopin pela madrugada dá sinal de si e manifesta a sua tendência musical. sempre que ouve chopin... bate nas paredes meias que nos separam e aguarda por novo som. eis o porquê do seu nome! todos nós temos um nome que não é por acaso. nada é por acaso talvez... para que nunca o acaso seja designado como uma única e pura coicidência. talvez seja por isso que o acaso nos prega constantemente inúmeras supresas. as cores, por exemplo, nunca são constantes. há tantas cambiantes na natureza dos pigmentos... que a procura duma determinada cor nunca acontece isolada do fenómeno - acaso. é como na música, exactamente quando a selecionamos naquele determinado momento. nunca se tira um CD por acaso para se ouvir, nem nunca se chama alguém vivamente pelo seu nome no acaso dos nossos dias.}
9.5.07
O castelo Em Imagens
httP://casteloemimagens.blogspot.com
{... há castelos intactos, renovados, sonhos desenhados em esquiços de papel. há castelos inventados e projectados em grandes telas de cinema. há estórias repletas de emoções, canções e dilemas, representados por personagens com quem nos identificamos... por vezes! há castelos habitados por duendes, fadas, bruxas malvadas, principes e rainhas que governam ministérios de pedras encantadas. há também amores e desamores sofridos, vividos, perdidos, achados, amaldiçoados e até mesmo eternos, aqui em terras lusas. há impérios de imagens, puras colagens abstratas do teorema da vida que nos trazem aqui - a todos -, a este castelo de portel! Há também o cineasta Lauro António... há o alentejo que me acolhe quase por vocação, durante oito meses para que seja projectada uma nova exposição em 2007. há tudo isso e muito mais, neste País onde se encalha por prazer! é onde vamos estar, neste festival de cinema, a 10,11 e 12 de maio, realizado por Lauro António com a parceria da Câmara Municipal de Portel... sejam bem vindos!}
7.5.07
[... quando estiveres triste...]
http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF266579-01-01-01.mp3
{... quando estiveres triste, desenha uma cidade imaginada... e, observa as formas. quando estiveres triste, compra tintas e pincéis e dá cor aos teus sonhos. e... observa os tons. quando estiveres triste, cobre-te com o manto da vida e deixa-o voar. há quem tenha tempo para parar o tempo e observar como esvoaça o véu da vida... porque observar é talvez o grande segredo da vida. quem não tem tempo para parar o tempo e observar de que cor pinta seus sonhos... é porque deixou de sonhar! ter tempo para observar como esvoaça o véu da vida, é o grande segredo dos residentes das cidades imaginadas. é exactamente por isso que se constroem essas cidades sonhadas. habitar numa cidade de tintas e pincéis, é ter tempo para que a tristeza não aconteça. nestas cidades, as cores são a linguagem comum de todos os sentimentos. qualquer estado do sentir em que o próprio estado emocional aconteça - a este -, de imediato é obrigatório colorir! por isso, sempre que estiveres triste, sê o próprio arquitecto da tua cidade. deixa voar o véu da vida e observa as voltas que ele dá pelo céu dos teus sonhos que anseiam habitar na cidade dos teus desejos. habitar numa cidade imaginada, é ter tempo para dar volumetria a todas as formas que nos conduzem à cor exacta de cada sonho. se eu pudesse parar o tempo, no momento exacto em que cada cor toca apressadamente as formas já desenhadas, guardaria esses pincéis para sempre. observar os tons e as formas de cada tela pronta... é por fim, ampliar o nosso tempo de vida.}
{... quando estiveres triste, desenha uma cidade imaginada... e, observa as formas. quando estiveres triste, compra tintas e pincéis e dá cor aos teus sonhos. e... observa os tons. quando estiveres triste, cobre-te com o manto da vida e deixa-o voar. há quem tenha tempo para parar o tempo e observar como esvoaça o véu da vida... porque observar é talvez o grande segredo da vida. quem não tem tempo para parar o tempo e observar de que cor pinta seus sonhos... é porque deixou de sonhar! ter tempo para observar como esvoaça o véu da vida, é o grande segredo dos residentes das cidades imaginadas. é exactamente por isso que se constroem essas cidades sonhadas. habitar numa cidade de tintas e pincéis, é ter tempo para que a tristeza não aconteça. nestas cidades, as cores são a linguagem comum de todos os sentimentos. qualquer estado do sentir em que o próprio estado emocional aconteça - a este -, de imediato é obrigatório colorir! por isso, sempre que estiveres triste, sê o próprio arquitecto da tua cidade. deixa voar o véu da vida e observa as voltas que ele dá pelo céu dos teus sonhos que anseiam habitar na cidade dos teus desejos. habitar numa cidade imaginada, é ter tempo para dar volumetria a todas as formas que nos conduzem à cor exacta de cada sonho. se eu pudesse parar o tempo, no momento exacto em que cada cor toca apressadamente as formas já desenhadas, guardaria esses pincéis para sempre. observar os tons e as formas de cada tela pronta... é por fim, ampliar o nosso tempo de vida.}
3.5.07
[... Rendezvous...]
http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF251604-01-01-01.mp3
{... todos os caminhos são: inventados; esperados; imaginados; habitados; percorridos; desconhecidos! todos os caminhos são uma possível passagem. há também caminhos esquecidos no tempo que completa esta curta encruzilhada. esta é a hora em que visito este caminho. faço-o todos os dias, para esticar alguns ossos dobrados pelo vício de pintar em telas deitadas sobre o chão. porque razão existe um sobreiro no meio deste caminho? não sei. tal como na pintura, há sombras que se aninham no chão dos nossos dias. na cidade das tintas, indo por esta estrada fora, descobri que também ela nos leva a uma barragem. se eu pudesse percorrer todas as estradas que nos abraçam, viveria mais tempo neste lugar!... aqui, todos os caminhos inventados vão dar às telas que ainda não estão prontas. só as telas que não são habitadas de cor podem ser imaginadas!... e, só as telas habitadas podem ser percorridas. todos os caminhos são sempre desconhecidos. nunca sabemos ao certo para onde nos levam. já as cores não! trazem-nos e levam-nos para além das linhas que os olhos podem alcançar. é exctamente por isso que esta cidade foi construída neste lugar. na cidade das tintas, o branco é o grande desconhecido que nos faz percorrer espaços habitados, repletos de tons esperados que em sentimentos inventados, avivam a musicalidade dos traços riscados em telas imaginadas!... aqui, ninguém fica no mesmo lugar porque as cores são o eterno mistério dos nossos dias}
{... todos os caminhos são: inventados; esperados; imaginados; habitados; percorridos; desconhecidos! todos os caminhos são uma possível passagem. há também caminhos esquecidos no tempo que completa esta curta encruzilhada. esta é a hora em que visito este caminho. faço-o todos os dias, para esticar alguns ossos dobrados pelo vício de pintar em telas deitadas sobre o chão. porque razão existe um sobreiro no meio deste caminho? não sei. tal como na pintura, há sombras que se aninham no chão dos nossos dias. na cidade das tintas, indo por esta estrada fora, descobri que também ela nos leva a uma barragem. se eu pudesse percorrer todas as estradas que nos abraçam, viveria mais tempo neste lugar!... aqui, todos os caminhos inventados vão dar às telas que ainda não estão prontas. só as telas que não são habitadas de cor podem ser imaginadas!... e, só as telas habitadas podem ser percorridas. todos os caminhos são sempre desconhecidos. nunca sabemos ao certo para onde nos levam. já as cores não! trazem-nos e levam-nos para além das linhas que os olhos podem alcançar. é exctamente por isso que esta cidade foi construída neste lugar. na cidade das tintas, o branco é o grande desconhecido que nos faz percorrer espaços habitados, repletos de tons esperados que em sentimentos inventados, avivam a musicalidade dos traços riscados em telas imaginadas!... aqui, ninguém fica no mesmo lugar porque as cores são o eterno mistério dos nossos dias}
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