3.5.07

[... Rendezvous...]

http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF251604-01-01-01.mp3
{... todos os caminhos são: inventados; esperados; imaginados; habitados; percorridos; desconhecidos! todos os caminhos são uma possível passagem. há também caminhos esquecidos no tempo que completa esta curta encruzilhada. esta é a hora em que visito este caminho. faço-o todos os dias, para esticar alguns ossos dobrados pelo vício de pintar em telas deitadas sobre o chão. porque razão existe um sobreiro no meio deste caminho? não sei. tal como na pintura, há sombras que se aninham no chão dos nossos dias. na cidade das tintas, indo por esta estrada fora, descobri que também ela nos leva a uma barragem. se eu pudesse percorrer todas as estradas que nos abraçam, viveria mais tempo neste lugar!... aqui, todos os caminhos inventados vão dar às telas que ainda não estão prontas. só as telas que não são habitadas de cor podem ser imaginadas!... e, só as telas habitadas podem ser percorridas. todos os caminhos são sempre desconhecidos. nunca sabemos ao certo para onde nos levam. já as cores não! trazem-nos e levam-nos para além das linhas que os olhos podem alcançar. é exctamente por isso que esta cidade foi construída neste lugar. na cidade das tintas, o branco é o grande desconhecido que nos faz percorrer espaços habitados, repletos de tons esperados que em sentimentos inventados, avivam a musicalidade dos traços riscados em telas imaginadas!... aqui, ninguém fica no mesmo lugar porque as cores são o eterno mistério dos nossos dias}

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