30.4.08

[ A Sonolência das Cores ]

{... todo o sono é pintado de invisíveis cores. é no vazio de nós próprios, que a entrega às memórias dos encantos acontece. inevitável mágica que disperta recantos e nos traz recados achados e por vezes perdidos no tempo. quem não sobe os degraus do sono? quem não mergulha no seu ondular esquecimento? tela crua. tela ausente de cor. incerteza tocada e nem sempre registada em todo o seu esplendor. são sombras e não é gente, que certamente povoa esse indecifrável mundo. todo o sono é pintado de invisíveis cores. nele, há soldados de esperança e generais da vingança. perdas e vitórias. conselhos, desejos e incríveis estórias. não há inutilidade nessa espera, nem tão pouco pressa em dispertar. se essa magia nos fosse retirada, o que seria de tudo aquilo que nem sempre acontece? tela crua. cor esquecida por pintar. quem não mergulha no seu esquecimento? só quem já não tem tempo para sonhar.}

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