[ de regresso às serras do mar, longe da aldeia do campo que alberga o laboratório das novas cores... o tejo traz-me por fim ao atlântico. no mar, há misteriosas serras que espreguiçam ente perfumados silêncios. como é analgésica a musicalidade destas águas! metamofórico canto este, que me traz sempre a esta praia. dependendo da escala... tudo fica acidentalmente grandioso. é nas zangarias da terra com a monotonia dos dias, que por vezes, das entranhas do grande azul do mar, nascem a uma velocidade estonteante - novas ilhas pintadas de vermelho fogo. entangindo o carmim, o frio azul da água, pinta a nova matéria de negro. cinzelados os seus segredos, será que o mar suspende do seu enigmático vazio: o mistério da nossa existência? que mais segregará na vastidão... desse frio transparente, que de azul esverdeado, cobre de negro todos os dias, o espelho do inatingível crepúsculo. de regresso às serras do mar, longe da aldeia do campo... o tejo traz-me por fim... a esta praia do atlântico. ]
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1 comentário:
Lindo, Maria. As palavras podem ter cor, não há dúvida.
Já voltei dos Açores, onde tudo é dominado pelas cores: do mar, das flores, das pastagens, das lagoas. É difícil encontrar um cenário mais bonito.
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