8.6.08

[ No grande bairro dos riscos. ]

[ o chiado é visita obrigatória quando lisboa toma lugar no tempo. não sei o que faria sem o chiado! ali... onde o eléctrico 28 risca o chão da capital há esplanadas repletas de gente. após a visita "visitada", aos lugares que aqui me trazem, a fnac está sempre na rota da saudade desta minha cidade. na supresa das pessoas que nela se encontra, há também prateleiras assim. ao lado de andy warlod... virado para a grande sala, dei de caras com o livro que regista a minha estada no alentejo. olhar para ele é viajar no tempo. é recordar todas as cores que pintaram a planície do meu olhar. é voltar ao alentejo sem sair do chiado. só os habitantes da "cidade das tintas" têm todos os segredos das cores que nos levaram até aqui. reunidos os generais da nova batalha, o novo tecido está já de partida rumo à serra da minha nova aldeia. quais os seus segredos... ainda não sei! mas é nela - pequena aldeia perdida na serra- que a "cidade das tintas" se vai agora instalar. depois... que o novo livro se imprima para que eu volte sempre ao chiado! futurar a nova exposição é já ter saudade das novas cores que ainda não coloriram o novo lugar. afinal, não será a saudade sempre supreendemente nova, na melodia das emoções? as prateleiras sem livros coloridos é como o chiado sem o eléctrico 28. há nele, registos e memórias que o tempo nunca apaga, todos os riscos pintados por alguém. é assim que virados para a grande sala das artes queremos ficar. obrigado fnac... neste país que se esquece das muitas outras aldeias que portugal ainda tem!...]

8 comentários:

Alberto Oliveira disse...

... por acaso que já não passo no Chiado á umas boas duas semanas. Um cafezinho na Brasileira (a antiga?! "ponte" para o jantar no Bairro Alto, que para a "aventura" nocturna lisboeta o estômago queria-se reconfortado), a visita à Bertrand para saber das novidades e a descida à Fnac-multimédica (risos) que nunca me faz esquecer os Grandes Armazéns devorados por um inoportuno fogaréu. O tempo ganha velocidades tão inesperadas que me surpreendo como é possível ainda conseguir ouvir as sirenes dos bombeiros a rasgar a malha urbana lisboeta. Mas as boas notícias são mesmo a sua "vizinhança" com o Andy. Assim que tiver um tempinho darei uma vista de olhos. Palavra de lisboeta. Da Graça e daí o sorriso permanente...
Bom Feriado!

Capitão-Mor disse...

Felicidade a minha de ter nascido em bairro tão afamado. Em 25 de Abril de 1975, lá nasci eu no Hospital da Ordem Terceira. Mais alfacinha que isto é impossível!!! :)

O texto está excelente como sempre!

Bandida disse...

casa de pedra?... não precisamos do 28...



beijo maria!

llima disse...

Sabes que já há Chiado em Évora? A loja- design que um amigo, o Luís Carmelo, inaugurou há pouco mais de um mês. É que Chiado, o poeta, era do Alentejo, de Évora, e foi franciscano e casto antes de se entregar à tela colorida e bem vivida da cidade luminosa. um beijo!

musqueteira disse...

viva legível... também recordo as sirenes do chiado! isso porque nesse mesmo dia, bem cedo, tive que obrigatóriamente ir até ao governo civil buscar (entre labaredas) um BI. estava muita gente conhecida na rua... daquela que o meu amigo fala que tal como eu... faziamos a ponte para o B.A. vizinha do Andy...pois é verdade que estou... ou foi onde puseram o catálogo "Tiqqun", no dia que lá fui recentemente à Fnac: do Chiado! aguardo... sua visita ao então grandela;)um beijo.

musqueteira disse...

grande capitão... confirmo seus costados alfacinhas;) entre o brasil e a colina do xiado... nada como o tejo a espreitar nossa alma lusa!;)

musqueteira disse...

ehehehehhe....bandida! se o 28 fosse até à pedraria da serra... que bom que seria;)oh se seria!

musqueteira disse...

meu querido amigo lima... como é bom saber que a fnac há em évora. e eu que tão perto estive dessa cidade e nunca lá fui! vinha sempre a lisboa. também estava isolada numa herdade e dela o único caminho que tomava era o da grande estrada até ao xiado! em tempo breve... por estes dias lá irei;)um beijo.