6.6.06

[...À Boca Do Tempo...]

http://mp3.juno.co.uk/MP3/SF208611-01-01-12.mp3
{... por vezes há uma vontade imensa de paralisar o tempo e suspender a linearidade do espaço. Por vezes... é tempo de sentir uma enorme vontade de permanência num lugar, onde o espaço não percorre no tempo... como se fosse possível apagar a linha de tudo o que é transitório. Deixar o tempo passar e ficar simplesmente, num lugar sem marcas da nossa própria passagem. Será que o tempo é transitório? Existirá alguma coisa para ver... para além da sombra do tempo? Estar à boca do tempo, é esperar que alguma coisa aconteça. Por isso se fica alí... por vezes, à espera daquele momento. Se o tempo não espera... e é uma mera presença transitória, porque se está sempre à espera que algo aconteça? Até nessa espera, o tempo passa... por nós! Deve ser isso que estamos à espera... de que o espaço percorrido traga os nossos passos, como uma repetição reconhecível de tudo o que existiu... ou existe. Haverá mais alguma coisa para ver... para além da sombra do tempo? Não sei! Se eu pudesse parar o tempo... sei bem o que faria. Talvez... porque creio que à boca do tempo, só os relógios param.}

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