22.6.06

[...repausar...]

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{... para apurar certos tons, é preciso envolver determinados pigmentos até se obterem as cores pretendidas. O objectivo perfeito: a cor!... Sempre as cores. E como na vida tudo tem o seu início, aqui neste complexo processo tudo começa no simples facto de se meterem determinados pigmentos dentro dum envoltório... e incluir; enfaixar; enrolar; cercar... toda essa matéria cromática. Eis a fase do comprometimento entre a cor e o pigmento. Afinal até as cores se comprometem. Quantos anos de vida terá a cor? Elas ficam... nunca morrem. Perduram no tempo. Já a sua representatividade tem os dias contados. Se hoje são... amanhã deixam de ser. Tudo se deixa, ou se deixa tudo por vezes, muito antes da sua projecção no futuro. Também as cores passam a fase da intriga... e, também os pigmentos se confundem. Por vezes gritam os amarelos aos laranjas; os azuis aos esverdeados; os brancos aos sombreados; os pretos aos anilados; os traços aos ponteados; as formas às texturas; a geometria à escrita... e tudo grita numa imensa surdina!... É a fase final para a sua eternidade: a superfície branca. Repousar no branco todas as cores... sempre as cores.}

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