24.9.08

[...Sabores Nacionais Ilustrados...]

{..."À porta do lagar, num gesto todos os anos repetido, o homem mergulha o naco do pão caseiro na malga e quando o retira, dele se escapa um fio dourado de onde se desprende o odor inigualável da azeitona, prensada segundo os métodos mais tradicionais. É um momento solene, este da prova, que descobre novos mundos dentro do mundo do azeite. Cru, em saladas, nos gaspachos e nas tibornas, ou então nos assados, nas migas e açordas, nas bolas e folares, nas sopas, nas caldeiradas, nos escabeches, na doçaria, ou na conservação de alimentos. Um tempero caractrístico da nossa vida. Foi há pouco tempo que deixou de iluminar as casas e ainda hoje a sabedoria popular o prescreve como cicratizante. Após décadas de adormecimento, assiste-se hoje a um regresso às origens, com lagares artesanais a serem recuperados e as pedras que voltam a espremer a azeitona e a transformá-la num verdadeiro ouro líquido. Longe de nós querer pô-lo com os azeites, só gostaríamos que provasse os nossos. in " O Ribatejo na sua riqueza interior"/ Almotolia de Mestre Serrasceno de Abrantes...}

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