10.10.08

[ ...Aritmética dos Sonhos... ]

{... o céu, está sempre aberto aos nossos acrobáticos voos. à medida que nos aproximamos, tudo é (-) infinito. o pensamento deixa de ter importância. a realidade é outra. o desconhecido passa a encosta do horizonte, e desenrugam-se as incógnitas: do que somos. será mesmo que o universo tem fim? se pudessemos abrir-nos ao céu, sempre que assim quisessemos voar... há muito que estaríamos no limiar do (+) infinito. é nessa discordante aritmética que a vida encorpa alguma lógica. onde, se podem encastelar todos os sonhos. sem divisões, nem subtracções. apenas, na multiplicação das suas mais desejadas variantes. até lá, todas as horas ficam suspensas. como são sábias as poeiras que anuviam o futuro dos próximos dias... se o céu não estivesse aberto a novos voos, à medida que nos aproximamos, do que somos: o pensamento deixaria de ter importância. o implacável universo da criação nublar-se-ia. tudo deixaria de fazer sentido. sem imaginação, a vida era certamente muito mais entristecida. tudo seria infinitivamente sempre igual. tudo. sem (+) nem (-) de tudo: o que ainda não somos. }

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