{... a capacidade mnemônica tem misteriosas variantes. tudo o que se sente, vê e ouve... é também reproduzido ( tal como os filmes), no grande universo dos sonhos. deles, só recordamos fragmentos da sua complexa construção. todos os movimentos são sugeridos, por desconhecidos mentores que nos ligam, ao diálogo das diferentes e opostas emoções. desfagmentadas as imagens, tudo se liga e acontece. arrastam-se os movimentos sem imposições ou regras. os frames, sobrepõem-se à leitura lógica dos objectos no espaço e eis-nos perante um promissor registo criativo: a informação pessoal, chega à fronteira selectiva das nossas memórias. capta-se isoladamente cada detalhe e amplia-se até a imagem esbater em nós a sua própria resolução. criam-se novas linguagens e correntes artísticas. rasgam-se todas as colagens contemporâneas e volta-se ao início. ao estado primário da cor, da luz e da sombra. todos os dias se parte para outro lado qualquer à procura de um novo ponto de fuga. um dia, certamente que existirão outros meios, para reproduzir todo este universo em suportes informáticos: o leitor de sonhos. posto no mercado, o mundo jamais será o mesmo. se tudo fosse assim, quem não gostaria de ter o seu próprio leitor? até lá... faz-se a manutenção mnemônica, enquanto houver tempo para pensar... no que se sente, vê e ouve... durante a projecção de cada sonho, no grande ecran da vida.}
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